sexta-feira, 7 de outubro de 2016

E daí já se passaram três anos...

Um pouquinho atrasado, mas o mês é todo dela rsrsrs

04 de outubro foi o dia dela.

Pois é. A Angelina fez três aninhos de vida. Três anos que nossas vidas mudaram, para melhor. De cabeça para baixo (e pelo jeito é este o lado certo, né Arthur?!). Três anos que me pego sorrindo sozinha, lembrando de algum gesto, alguma gracinha, algo que ela fez enquanto estávamos juntos e que ficou na memória.

Ela não é responsável pelo meu salto no armário. A culpa é da coluna. Porém, é por ela que optei por não usar o salto, para não afetar mais a coluna e, assim, eu poder abaixar, pegá-la no colo e cheirar o seu cangote.

Há três anos me tornei uma "mãe daquelas"! Daquelas que defendem uma alimentação saudável, que crianças não precisam de tanto açúcar (quem precisa?!), que briga com quem for, se tentar colocar um doce ou refrigerante na boca da minha filha... arranjei altas confusões e vou continuar, mas só pra defender minha cria.

Me tornei daquelas mães que procuram receitas, que colocam a mão na massa e preparam as lembrancinhas do aniversário, a decoração. Que pesquisa como pode ajudar na alfabetização. Que sabe onde está e como foi feito cada roxinho, cada machucadinho da sua cria e tenta amenizá-lo com “beijinhos pra sarar”.

Eu cresci! Evolui muito nestes três anos. A-ma-du-reci! Não é muito fácil admitir isso não, viu? Tô falando sério. Mas, essa é a realidade. Meus dramas já não são mais tão importantes, tão mexicanos como antes! Quando tenho alguém tão pequena e indefesa à minha frente, mas ao mesmo tempo tão grande, me dizendo “mamãe tô dodói!”, mesmo que o dodói não seja real, mesmo que o dodói é só um pedido de atenção, mas eu aprendi como mãe, a colocar o meu dodói de lado, para cuidar de alguém. Algo, por exemplo, que eu não havia aprendido como filha.

Aprendi que, nem sempre, dá pra jogar tudo pra cima, balançar o cabelo e sair andando, linda e morena, deixando alguém falando sozinho, principalmente, quando isso envolve dinheiro e você se lembra, que a lata do NAN, custa um rim. Mas, também aprendi que um bom e sonoro “puta que pariu” ou “vai tomar no centro do seu cú”, é libertador! Ah, como é...

Me descobri uma mãe vaidosa. Sim, de verdade! Daquelas que se abrem toda, quando recebem um elogio, sobre o cheiro da papinha da filha, sobre o fato dela não comer doces, sobre ela ser fofa! Kkkkkk cada vez que ouço “nossa, ela é inteligente demais!”, “nossa, como ela é grandona”, “que menina simpática”, tenho vontade de amassar a Angelina, beijar, beijar, beijar, guardar num potinho pra mim!

Do mesmo modo que descobri que sou má. Às vezes, muito má! A ponto, de estar no parquinho de um certo restaurante da cidade, ver de longe uma criança empurrando a Angelina e eu ir pra cima da outra criança, com olhos de fogo e com um silvo de cobra, no lugar da voz, dizendo fofamente “vaza, senão vou empurrar você, pra tu ver o que é bom!”

Amigas psicos, me condenem, ou me deem meses de terapia de graça kaokaoakoa

Enfim... o que quero dizer e que é clichê, é que nesses três anos, me redescobri. Como pessoa, como profissional, como mulher. Meu jogo de sedução hoje, é outro. Minha idéia de carreira, é outra. Meus conflitos? Ah, esses aumentaram gradativamente. Porém, meus monstros são bem pequeninos, quando tenho que enfrentar os da Angelina.

Obrigada marido por ter embarcado nessa #vidaloca comigo. Obrigada mãe por me auxiliar, ajudar e, principalmente, me mostrar que a maternidade pode ser mais leve, quando tudo é levado no amor. Obrigada sogra por ter dado o seu filho pra mim! Obrigada Angelina por ter me escolhido, entre tantas outras mães, entre tantos outros espíritos, para ser sua “mamãe”!



PS: Próximo post vou falar de como foi a comemoração do niver da baixinha!