terça-feira, 9 de agosto de 2016

Das escolhas que a gente faz

Bom dia, bom dia, bom diaaaaaaaaaaaaaaaa!!!

Hoje eu tô aqui, pra falar com vocês, sobre as escolhas que a gente faz, em geral, na vida, inclusive na maternidade.

Quem me conhece, sabe que sou intensa. Mas muito! Sem preguiça. Já falei em outros posts, que quando eu sofro, EU SOFROOOOOOOOOOOOO! E tudo na minha vida, sempre foi assim:

Quando fui fazer curso de teatro, por mais que eu não queria ser uma atriz da Globo (mentira, quis sim) e aqueles exercícios, aquele ambiente, era bom, tanto pelas amizades, quanto para amadurecer outras áreas da vida, eu me dedicava. Eu estava lá sábado de manhã. Eu era a primeira a chegar, descia do ônibus na Saúde e seguia pela calçada, passava a Besni, e lá estava. E ia até a hora do almoço, quando não, no período da tarde.

A mesma coisa, quando do alto dos meus 11 anos, quis fazer informática e inglês. Fui parar lá na Praça da República, pra quem conhece São Paulo, bem longe de casa, bocada, inclusive. E eu ia e vinha: dois ônibus, metrô do Jabaquara até a Praça da Sé, fazia baldeação e ia... e depois ainda levava o meu irmão caçula, o Tiago. Confesso que ficar de olho na bolsa, para não ser assaltada e cuidar do Tiago, ao mesmo tempo, não era duas funções fáceis. Mas, deu certo!

Assim, foi seguindo a minha vida. Fazendo escolhas e, mesmo que em algum momento me arrependesse delas, eu continuava fazendo bem feito. Empregos, faculdade, cursos, limpar a casa, bordar, cozinhar, etc.

Nunca me permiti, fazer algo "nas coxas", por que acredito, que do mesmo modo que não quero receber menos, não posso oferecer menos. Até nas amizades. Quando entro, me jogo! Procuro ser fiel, mesmo com quem não é fiel comigo. Esses dias, falei pra "minha filha mais velha", a Fátima, que cada um oferece, o que tem de melhor.

Eu ofereço a minha amizade, intensa, completa. Pau-pra-toda-obra, mesmo que eu me FODA de verde e amarelo, mas sou companheira para várias esparrelas, a Bárbara que o diga!

E aí, na maternidade não poderia ser diferente. Quando eu disse "quero ser mãe", foi pensado com intensidade. Olhei pra cara do marido, conversamos muito, pautei como eu acho/acredito que deve ser a criação de um filho, como meus pais me criaram, o que eu achava certo ou errado, o que eu queria levar para a criação dos nossos filhos e o que eu não gostaria que passasse perto.

E assim vem sendo. Descobri que sou mais parecida com a minha mãe, do que pensei, e isso me assusta, MUITO!

Como vocês sabem, briguei muito e com muita gente, sobre a questão da alimentação da Angelina e vejo resultados positivos, como ela preferir se acabar com um pedaço de melancia do que numa barra de chocolate. Recebi muitas críticas, viu? Recebo até hoje, inclusive. Mas, essas críticas, por mais que me cansem, se transformam em combustível, principalmente quando os médicos dizem que ela é uma criança muito saudável, ou quando eu vejo/leio, fico sabendo de uma notícia triste, como semana passada, que um menino de 9 anos, isso mesmo NOVE ANOS, teve um infarto fulminante, sem tempo de ser socorrido. Ele estava bem acima do peso, considerado obeso e só comia salgadinho, doces, fast food, etc. Os pais agora estão em depressão profunda... único filho, nove anos...

Por eu trabalhar fora, a Angelina desde os 3 meses e meio está na escolinha. Me dói nos dias mais frios, de chuva, ou de gripe, deixá-la aos cuidados dos outros. Mas, essa é a história dela. E quando ela chega em casa, com as atividades feitas, contando que brincou, que fez isso ou aquilo, alivia um pouco a culpa.

No livro O Pequeno Príncipe, o autor Antoine de Saint-Exupéry, diz "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas", e é a mais pura verdade. Acredito que os pais são responsáveis sim, pela educação/criação que dão aos seus filhos, principalmente em tenra idade, quando são os principais responsáveis em educá-los e orientá-los. Ouvi uma vez da minha manicure, que a psicóloga do filho dela disse, que as crianças vão sempre nos testar dentro de casa, por que o mundo lá fora, não tem como eles ficarem testando.

E cada dia que passa, que vejo as atitudes da Angelina, que vejo suas teimas infantis, que muitas vezes dá vontade de rir e outras de explodir, são reais testes de paciência. As crianças são mais inteligentes do que pensamos! E a pequena aqui de casa, "dá nó em pingo d'água", como diz a vovó Cida!

Enfim... quando escolho fazer algo, eu não sei ser "MENAS". Eu quero ser sempre mais! Eu quero passar isso para a Angelina (claro que ela não precisa ficar retardada igual a mãe dela e ficar se testando o tempo todo), para que ela se jogue, permita dar o melhor, sempre!

E mesmo que não reconheçam, mesmo que não seja recíproco, ela fez a parte dela. Eu fiz a minha parte.