quarta-feira, 18 de março de 2015

Tem ou não tem festa?

Andaram me perguntando: “E aí, esse ano você vai fazer festa pra Angelina, né?!”

Na verdade, acho que não é uma pergunta e sim uma inquisição... acho que já comentei com vocês os problemas que tivemos e a “palpitação” na nossa cabeça, referente a festa de um ano da Angelina.

Bem, continuo com a mesma opinião: SE as condições financeiras permitirem para fazermos a festa conforme a idéia de planejamento que a gente tem; SE não tivermos nem um intempérie pelo caminho, que nos desmotive a fazer a festa; SE eu e o Arthur, pais da Angelina, decidirmos em comum acordo que este ano faremos: sim, vai ter festa!

Agora, principalmente o último item, não estiver condizente com a data. Não, não terá festa.

“Mas, como assim?!?!?!!? A menina nunca terá uma festa de aniversário?” Foi uma das perguntas que mais tive que responder entre um mês que antecedeu a data e uns dois meses depois. Só parei de ouvir falar sobre o aniversário, quando estava próximo do natal.

Comemoramos da melhor forma possível o 1.º ano dela. Enchendo ela de beijos, de abraços, falando o quanto a amamos. Fizemos um book, que ficou MAGNIFICO! Ela, eu e o Arthur. Um momento nosso. Um momento único que espero repetir daqui algum tempo.

O problema, não é o aniversário em si. Muito menos a comemoração. Pelo contrário. Temos mesmo, que comemorar, afinal é mais um ano de vida, é mais uma chance de fazer melhor, é um ano de experiências. E o primeiro ano do bebê, é o primeiro ano do casal como pais. É o primeiro ano da mãe. E se todo mundo sobreviveu, óbvio que deve ser comemorado.

Mas, cada um, do seu jeito. É a tecla que sempre bato em cima, aqui no blog: RESPEITO. Cada ser é diferente, cada um tem a sua criação, seu jeito.

Fui criada sem festas de aniversário e não sou (acredito!) um ser humano frustrado-comedor-de-criancinhas por que não tive festas! Pelo contrário, o dinheiro que se gastaria com festas, eu viajei, passeei com a minha família e foi tão ótimo!

Não tenho nada, NADA contra quem faz festa de aniversário, pelo contrário, adoro ir! Podem continuar me convidando!

Com muito respeito aos cariocas, aqui faço uma crítica, pois é um povo festeiro, feliz, que gosta de comemorar todo sábado e domingo, mas na segunda-feira bate na porta do vizinho, pedindo uma xícara de açúcar. Posso falar isso, pois morei no Rio de Janeiro e vi isso de perto acontecendo.

Enfim, tivemos as nossas particularidades e não fizemos o aniversário da pequena. Não somente por parte econômica, mas por opinião, por não achar necessário uma festa, para comemorar algo que comemoramos o ano inteiro que passou. Cada evolução, quando ela começou a segurar sozinha a mamadeira, se virou, sentou, ficou de pé, segurou nos móveis, babou no controle remoto, andou, balbuciou as primeiras palavras...

Foram comemorações diárias, que continuamos fazendo. Temos alguns meses pela frente para pensar no aniversário dela. Resolvi retomar este assunto devido algumas especulações que sofri nas últimas semanas... o povo não esquece, né? E é curioso... #povochato #normal #sqn



terça-feira, 17 de março de 2015

1 ano e 5 meses de Angelina

Gente! 1 ano e cinco meses, gente! Cês tem noção disso?

Pois é, avisa essa criança gente, que ela só tem 1 ano e cinco meses... para ser organizada, colocar as bonecas todas alinhadas próximo ao muro para “nanar”. Que ela é muito pequenina, para adorar sacanear o tio dela, fingindo espirro só pra ver ele se assustar.

Avisa essa menina, que a escalada no sofá, do assento para o encosto, do encosto para a poltrona, da poltrona para a janela, é perigosa e que a mamãe, apesar de achar o máximo ter uma menina-aranha em casa, morre de medo dela cair.
Eu não sei se acudo ou se tiro foto.
Na dúvida, primeiro o click rsrsrs

Alguém tem que parar e dizer pra Angelina, que vê-la carregando sua bolsa da escola, vestida de uniforme, me deixa extremamente apaixonada e apavorada, pois vejo que a cada dia, ela é mais independente.

É engraçado pensar numa coisa, quando vejo a Angelina: astrologia. Ela é libra, eu sou gêmeos e o Arthur, áries. Tenho dois irmãos de libra e um de áries. Teoricamente eu já deveria saber lidar com librianos. Tenho primos de libra. Tenho uma filha-postiça de libra. E tem horas, que eu não sei lidar com a minha libriana de 1 ano e 5 meses.

Foco nisso, tem horas, por que busco em vários lugares, sejam livros, santos, horóscopos, orixás, experiências de outras mães, essas mudanças constantes que acontecem com a minha pequena. É num ritmo muito acelerado, muito louco!

Me gusta melância!
Tem dia, que deixo a Angelina na escola de um jeito e a tarde ela é de outro. Mas, uma coisa que vejo, que é bem linear, é o jeitinho meigo dela. De como ela te conquista. Ouço sempre – e é tão bom ouvir! – que a Angelina é querida, que é uma fofa. Não como os outros nenéns. É uma fofa de “pode contar comigo”. Uma fofa de “mamãe, não se preocupe, eu tô aqui”. Ou ainda, é uma fofura-travessa! Onde você fala as coisas pra ela e ela faz exatamente o contrário, com um sorriso nos lábios... nessas horas ou você é firme ou você a enche de beijos e abraços!

Eu já falei em outros posts que quero viver muito ao lado da Angelina. Por que, a cada dia, minuto, hora, eu aprendo mais. Por que é ela que me ensina a viver todos os dias.

Feliz 1 ano e 5 meses Angelinda!



O gosto pela leitura, que é incentivado desde os 4 meses,
quando ela só comia a ponta dos livros, agora vejo ela
paradinha, olhando as figuras e de vez em quando aponta, do tipo "ó"!


quinta-feira, 5 de março de 2015

Você só cuida da casa? Não trabalha?

Este post é um post de revolta! De grito! De liberdade! De vontade de mandar o ser humano tomar no centro do cú!

Quando meu pai faleceu, lembro que em meio a dor do velório, a assistente social da empresa que ele trabalhava, estava lembrando de algumas conversas que ela já havia tido com o meu pai. Numa delas, ela perguntou ao meu pai se minha mãe não trabalhava. E ele respondeu: “trabalha sim! Ela cuida dos meus filhos, cuida da casa e de mim”. Isso foi o que o MEU PAI disse para UMA MULHER que questionou se a esposa dele não trabalhava fora de casa.

Por que a pergunta? Porque, infelizmente, só é considerado trabalho, se a mulher estiver batendo cartão, trabalhando oito, nove, dez horas fora de casa.

Sinceramente, vocês acham que a sua roupa sai do cesto e vai para a máquina sozinha? E que a comida brota dentro da panela quentinha, nas horas certas, do almoço e do jantar? Que se você tem cueca/calcinha dentro da gaveta é por que elas se alto lavam?

Não falo somente do serviço doméstico. Falo dos cuidados com os filhos. Quem não é mãe/pai tem noção quão grande é a responsabilidade, de cuidar/educar uma criança? Já vi muito casal brigando e o homem usando a frase “olha o que o seu filho fez!” Perae: a mulher fez o filho sozinha? Com o dedo?

E o que mais me irrita, ah como me irrita! É ver outra mulher, desdenhando de uma colega, conhecida, enfim, de outra mulher por que a mesma não trabalha fora.

Gente?! GENTE!!! Se a pessoa tem a oportunidade de estar em casa, sem trabalhar fora, seja por opção ou por qualquer outro motivo, que só diz respeito a essa mulher. ÓTIMO! E outra, se a pessoa se sente bem com isso, de estar em casa, melhor ainda.

Duvido que a mesma, está sentada em frente a TV o dia todo. E se estiver também? O que o outro tem a ver com isso? Se partimos do principio, que cada escolha há uma renúncia, será que essa mãe que está em casa, não abriu mão de um sonho de profissão, de uma carreira, de um objetivo que tinha, “só” para cuidar da cria?

Minha mãe foi trabalhar fora, quando eu tinha 10 anos. Mas, antes disse, ela ajudava meu pai com comércio que tivemos, fazia bolo por encomenda, era manicure na varanda de casa, cuidava de quatro filhos, da casa e tudo isso em cima de um salto alto. Sim, minha mãe limpava casa de salto e maquiada, algo que eu nunca consegui fazer.

A responsabilidade de cuidar dos filhos, muitas vezes sozinha, já que meu pai viajava muito, era muito grande, pois, qualquer coisa que desse errado, viria a cobrança da sociedade e claro, as piadinhas, do tipo “se ela tivesse o marido por perto, os filhos não seriam assim”.

Respeite a mãe que não trabalha fora, por que ela trabalha, com certeza, mais ainda, dentro de casa. E outra coisa importante: dê valor ao serviço doméstico. O tapete está na porta de entrada pra você limpar os pés e não de enfeite. O lugar da toalha de banho é esticada no box do banheiro e não em cima da cama. Os restos de comida, o papel da bala, a casca da fruta, são para ir para o cesto de lixo. Eles não vão levitar de cima da pia ou do braço do sofá até o seu destino. Você precisa leva-lo ao destino correto, ok?!

Respeito gente! Só isso.



segunda-feira, 2 de março de 2015

Amizades ao longo da maternidade

As amizades ao longo da vida mudam, se transformam. É raro aqueles que ainda tem amizades de infância, do tempo do colégio. Amigo mesmo! Aquele que é pau pra toda obra.

Pois bem: os caminhos da vida, nem preciso filosofar sobre, mudam. Tomam rumos diferentes, muitas vezes, fora do nosso controle, e com isso as amizades vão mudando. Isso pode ser decorrente de uma mudança de cidade, de estado. De colégio...

Eu não tenho amizades de infância. Como sempre nos mudamos muito, não tive este vínculo quando criança. Vejo meu marido, que tem amigos desde a pré-escola e a amizade se mantém. É bonito de se ver!

Porém, algo que observo também, é que a amizade masculina é bemmmmmmm diferente da feminina. A amizade dos homens, vendo de fora, não tem concorrência, sabe? Não tem diz-que-me-diz.

Eu notei amizades mudando, a partir do momento que eu comecei a namorar. Aos poucos nossa vida de farra, foi se tornando uma vida mais caseira, com os amigos em churrasquinhos, não tinha mais o “fervo”. Não éramos mais convidados para sair. O que, sinceramente, entendo como normal. Já que a turma solteira queria azaração, bebida e bagunça até a madrugada. Algo que já não pertencia mais a gente. Não quero dizer, que quando começamos a namorar ficamos com 85 anos de repente. Mas, o momento era outro, diferente, e muitas pessoas não entenderam isso.

Claro que as amizades “ponta firme” se mantiveram. Nos xingavam, por que a gente não saia, mas estavam ali nos churrasquinhos, nas conversas ao telefone, num encontro e outro.

Aí veio o casamento e a coisa ficou mais enxuta ainda. Quem é solteiro, tem problemas de solteiro. E quem é casado, tem problemas de casado, oras bolas. E claro, muitas vezes, um não tem paciência pra ouvir o outro. Talvez não seja nem falta de paciência, mas sim, falta do que falar, do que opinar. Por que, teoricamente, o casado sabe palpitar na vida de solteiro, mas o solteiro, não tem como opinar na vida de casado, já que ainda não passou por essa situação.

Mas, vamos falar da amizade, ao longo da maternidade. Lembra quando eu falei da disputa materna? É/seria normal isso acontecer entre mães que não se conhecem, que mal se veem na entrada e saída da escola, que se encontram numa festa infantil. Mas, quando isso acontece entre amigos é mais complicado. Sei que tenho amigas que não concordam com o nosso modo de criar a Angelina, tão pouco nós concordamos com os meios dos nossos amigos criarem seus filhos. E isso é ótimo! Sim, ótimo! Pois é um sinal que cada ser, tem a sua opinião formada e age conforme acha certo/melhor. Se está certo ou errado, não cabe a nós julgarmos, ok?!

Vejo que acabei me afastando de algumas amizades depois que me tornei mãe, justamente, por opiniões muito diferentes, principalmente no quesito criação. É complicado, pois você já tem que administrar a diferença de cultura, dentro de casa, afinal os casais tem criações diferentes em muitos aspectos e juntos, procuram alinhar da melhor forma possível, para um bom convívio.

Em compensação, me aproximei de pessoas que eu nem conhecia, que conheci em conversas com outras amigas em comum, retomei amizades com pessoas que se tornaram mães na mesma época que eu... e por aí vai.

O que quero dizer e afirmar com este post, é que essas mudanças da maternidade é NORMAL. Amigos/amigas de pessoas que estão namorando/casando/engravidando, não é que você “perdeu” seu amigo/amiga, não é que ele não gosta mais de você. Talvez, as prioridades é que são outras. Pessoas que estão namorando/casando/engravidando, procurem não deixar de lado seus amigos que não estão na mesma vibe.

Para ajudar nisso, é necessário equilíbrio. Eu ainda não consegui o meu, mas estou buscando ;)