quinta-feira, 18 de junho de 2015

Eu não quero ser “menos mãe”

Tem algo que vem me angustiando faz tempo, que vem me torturando, de verdade.

Acredito que seja algo, que outras mães, que como eu, procuram tomar uma atitude diferente na criação dos filhos, devem passar.

Os embates acontecem, todos os dias e a gente cansa, mas tá ali, lutando, seguindo a nossa ideologia, recuando na hora certa, partindo pra cima quando necessário e assim vai. Eu tô numa pira. Admito.

Dentre alguns modelos de maternidade que eu busco pra mim, tenho a minha comadre. Não, ela não é perfeita. Muito menos, mãe de 15. Entrou nessa vibe de maternidade um pouco antes que eu, mas no que ela ganha o meu respeito, é na questão da alimentação dos filhotes.

Várias vezes, nós duas brigamos com a balança. Foi na época da formatura, que fizemos umas doideras pra emagrecer. Depois, quando ela foi casar, entramos numa reeducação-militar-alimentar pra chegarmos lindas ao grande dia.

E aí eu sempre penso: não quero isso pra Angelina. Não quero vê-la sofrendo, procurando roupas G, GG, XG, como normalmente eu faço. Não podendo usar "modinhas" devido não ser feitas/pensadas para pessoas "de peso".

E vejo na comadre, uma alimentação saudável pra ela e, principalmente, pra família. Crianças, sadias e coradas. E é isso que eu quero pra minha filha: saúde!

Só que assim: eu sei muito bem o que se encaixa na minha realidade, no meu bolso, no nosso cotidiano. E eu pesquiso. Como eu leio, pesquiso, pergunto, vou atrás de informações, tenho consciência do que é bom para a Angelina, pra mim, pra nossa família.

Quando digo que paçoca não trará benefício algum para ela – ou para qualquer criança da idade dela – não é por que sou chata. Ou neurótica. Não, simplesmente, eu pesquisei. Eu busquei informações. Tenho embasamento teórico sobre isso.

“Ah, mas você comeu paçoca quando era criança e taí viva e bem!”... sim, tô... tô “bem gorda”, tô “bem com outros problemas de saúde”.

Cada caso é um caso. Cada organismo é um organismo. Cada pessoa é uma pessoa.
Mas, o que todo mundo quer, é RESPEITO.

E exigir isso cansa... dá uma preguiça...

Já fui alvo de piadinhas. Já fui desafiada. As pessoas gostam de testar o seu limite, sabe? Fazendo de propósito, colocando doces e outras coisas na boca do seu filho e você ali, argumentando, falando, que não. Com a desculpa que “a criança vai ficar com vontade”.

O que me fez mal, muito mal mesmo esses últimos dias, foi o fato da Angelina tomar suco de caixinha. E ter gostado. Claro, é puro açúcar! Quem não gosta de um docinho?

Masssssssssssss, desgraça pouca é bobagem. Eu. Euzinha. Comprei suco de caixinha pra minha filha levar pra escola. Como estou numa correria grande, não estou dando conta de fazer o suco natural, como eu e o Arthur sempre fizemos.

E aí? O que eu fiz? Comprei. Vários, de vários sabores. Coloquei na geladeira e mandei dois por dia, pra escola servir pra ela.

Onde eu estava com a cabeça? Pensando na praticidade, no fato da minha filha não ficar sem suco e que eu estava muito “xiita”.

Gente!!!!!! Onde foi parar minha inteligência, minhas pesquisas, minha opinião, minha inspiração, tudo, em frente à gondola do supermercado???

Que fique bem claro, mais uma vez. Se você acha que não está fazendo nada de errado com o SEU filho, de boa, não tenho nada a ver com isso. Mas, eu, euzinha, me sinto bem culpada com isso. E aí, me vem o medo, de ser “menos mãe” pra Angelina, ao expor toda a sua fragilidade, a todos os acidulantes, corantes, açúcares e sódio que podem conter numa caixinha de suco...

Sobre a questão de deixá-la "zumbizando" na frente da TV, falo com vocês em outro post. Zero pra mim!

Algumas pesquisas, para quem ainda acha que sou xiita:

http://www.saudemelhor.com/5-sucos-com-mais-acucar-refrigerante/

https://propaganut.wordpress.com/2013/05/13/saiba-o-que-voce-esta-comendo-sucos-de-caixinha/

http://noticias.r7.com/saude/noticias/suco-de-caixinha-tem-mais-acucar-que-refrigerante-20101118.html

http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2015/01/consumidor-deve-ficar-atento-com-alta-taxa-de-acucar-em-sucos-de-caixa.html

http://palavrademelinda.com/2013/03/15/muito-alem-do-peso-cinema-e-saude/

http://estouficandomagrinha.blogspot.com.br/2014_11_01_archive.html



terça-feira, 19 de maio de 2015

Vida social ou o que sobrou dela

Lembra quando eu falei pra vocês sobre a vida de solteiro X a vida de casado?

Então, esse post tem um pouco a ver com isso também.

Tenho uma amiga, que também trabalha comigo, e que era minha companheira de balada. Quantas e quantas vezes, saíamos durante a semana e no dia seguinte, tomávamos energético para nos manter acordadas?!

Saiamos para dançar, viajávamos nos finais de semana, tinha barzinhos, encontro com as outras amigas e por aí vai. Daí, conhecemos nossos “digníssimos”. Na balada. E daí tínhamos mais dois companheiros para a gandaia.

Aí eu casei. Aí o namoro dela foi ficando mais sério. Aí as noitadas infinitas deram lugar para os churrasquinhos e encontros em barzinhos mais calmos. E como tudo na vida a gente se adapta, assim foi indo com a nossa vida social.

Quando engravidei, ainda saiamos com uma certa frequência. Fomos até num show, com esse casal de amigos nossos e vários outros. Lembro de ficar cansada, a barriga começando a pesar e a coluna reclamando. Grávida de oito meses ainda viajei com a minha mãe até São Paulo! Andei a 25 de março de cabo a rabo. Uma delícia!

E aí a nossa pequena nasceu <3

Foram várias visitas que recebemos, foram várias pessoas que conheceram a pequena e se preocupavam se eu estava bem. E aí, cada um seguiu sua vida. Nós nos adaptamos à pequena e nossos amigos, saindo, passeando, dançando, bebendo, festando.

Algumas vezes éramos chamados para alguns churrascos, porém, por ser a noite evitávamos ir, devido a Angelina ser muito novinha. E assim fomos ficando em casa. Os convites também foram diminuindo. O que aumentaram foram os chás de bebês, de cozinha, aniversários, batizados, casamentos, etc.

Vejo, sinto, que o Arthur sente bastante falta da vida agitada. Se bem que hoje ela é agitada de um outro jeito rsrsrs. Mas, é como eu disse mais acima, é questão de se adaptar. Aos poucos, nós dois tivemos coragem de sair e deixa-la com a minha mãe ou com a minha sogra.

Em um ano e sete meses de Angelina, conseguimos ir no cinema uma vez! E foi ótimo!!! Deixamos ela com a mãe do Arthur e fomos com esse casal de amigos nossos assistir Velozes e Furiosos. Foi muito show! Também já fomos uma vez dançar e outra num show. Minha mãe ficou de babá com a ajuda da minha sobrinha.

Confesso que tem uma briga bem grande dentro de mim, entre se isso está certo ou errado. Afinal, quem pariu Mateus que balance. Por mais que as avós fiquem com a pequena, cuidam com todo o amor e carinho, não é obrigação delas isso. Quando ficamos grávidos, sabíamos que teríamos que renunciar a várias coisas. Vida social era uma delas.

Se fico com inveja quando vejo fotos da galera se divertindo e eu fazendo mamadeira de madrugada? Às vezes. Se gostaria de sentar num barzinho da moda, tomar umas cervejas geladas e falar besteira, dando gargalhada com aszamigas a noite toda? De vez em quando sim. Até mesmo um café, já estava de bom tamanho.

Mas, tudo isso, essa renúncia, vale a pena e cai toda essa vontade por terra, quando ouço “mamãe?” ou quando peço um abraço, e a Angelina, com os bracinhos pequenos, porém fortes, envolvem o meu pescoço e me abraça. E ali, o mundo poderia congelar. E eu ficar com ela assim. Pra sempre!

Ai que vontade de morderrrrrrrrrr <3


quinta-feira, 2 de abril de 2015

Cansaço materno

É acumulado. Judia. Parece não ter fim. Às vezes você se sente feliz por senti-lo. Afinal, ele é a “recompensa” de ter um filho nos braços.

Mas, estar cansada o tempo todo, cansa. E não é um cansaço, que se você dormir 24 horas seguidas faz melhorar. O cansaço físico pesa, mas o mental é pior.

Eu explico: quando estava grávida, tinha uma disposição danada, até os 6, 7 meses. Depois a barriga pesou, o quadril não começou a suportar o peso, andar e até falar, precisavam de um esforço descomunal. Mas, isso é normal numa gestação. Do mesmo modo, que a última semana eu estava num pique, que era difícil me segurar!

Só que aí a Angelina nasceu. Tivemos todos aqueles perrengues com a questão da amamentação, que eu já contei pra vocês aqui, e isso me tirou várias noites de sono. Depois a conformidade de dar mamadeira de NAN pra ela. Ela dormia otimamente bem. Eu não. Frustrada por não poder amamentar. Aí tivemos uns 4 dias de cólica. E a preocupação, a tensão, me deixavam mais exausta do que cuidar da pequena.

Os dias, as semanas, o primeiro mês passa, você vai criando uma rotina pra você, pra neném, pro marido, pra casa. Tudo questão de adaptação. E isso cansa. Cansa você aprender a administrar tudo de novo. Afinal, você tinha uma administração antes e ela se torna diferente pós-bebê.

Quando a Angelina pegou um ritmo bacana, eu queria aproveitar o tempo que ela dormia durante o dia. Em vez de descansar, ficar a toa, dormir, como muitas pessoas falavam pra eu fazer, eu ia fazer pudim, cocada, arrumar guarda-roupa...

PAUSA: quem me conhece sabe que eu não consigo dormir durante o dia, não adianta. Fui um neném que NÃO DORMIA durante o dia – coitada da minha mãe!

Daí, começou a procura por escola para deixar a pequena, afinal eu voltaria a trabalhar daqui uns meses. E visitar escolas, fazer pesquisa de preço X qualidade X confiança, e pensar que logo eu me separaria da pequena, me deixava exausta emocionalmente. Eu chorei bastante pensando nisso, mas tinha a certeza da escolha, que ao meu ver, foi a melhor que eu poderia ter feito.

Aí tem mais uma rotina para administrar e adaptar todo mundo. A mãe que trabalha fora de casa, mais a neném que vai pra escola, mais o pudim, etc, etc, etc...

E aí são várias coisas diferentes que vão acontecendo e a mãe se cansando. Um resfriado, que tem os horários corretos para medicação e que requer a mãe acordada na madrugada. A correria para pegar a criança na escola, levar pra natação, voltar pra casa e guardar a roupa passada.

Até mesmo quando saímos para diversão, cansa. Pois, é o tempo todo, correndo atrás do pequeno que quer conhecer o mundo, que quer mexer onde não pode, que quer subir onde não deve.

A minha mãe, que tem os quatro filhos criados (a escadinha em casa é assim: 40, 38, 32 e 27 anos), onde encosta dorme. A preocupação dela hoje são outras. Algo do tipo, se os filhos estão ganhando o suficiente, para sustentar os netos. Se um filho está doente e longe, ela liga, ela procura outro filho que possa estar perto do irmão para cuidar e dar notícias à ela...

Então, o que vejo, é que o cansaço não tem fim. Sabe aquele ditado “filho criado, trabalho dobrado”? Acho que é por aí mesmo. Mas, gente! Uma observação mais que importante sobre isso: Não é uma reclamação que estou fazendo. Eu escolhi ser mãe. E o pacote vem completo. Não dá pra escolher ter filhos e a pele de pêssego por 8 horas de sono bem dormidas. Não tem como ter filhos e pelo menos nos primeiros anos de vida do bebê, comer comida quente.

Ah, mas só pra deixar claro: as pirações que o cansaço proporciona, deixando a gente fora de si, são normais. Afinal, a melatonina, o hormônio do sono que regula o relógio biológico, também vai entrando em crise e é nessas horas que as mães dão aquelas surtadas! Então relaxa... logo, isso passa. Ou não ;)

A Angelina está com 1 ano, 5 meses e 28 dias. Estou num nível de cansaço que parece que eu não durmo há 1 ano, 5 meses e 28 dias. Mas, ao mesmo tempo que meu corpo pede cama, sofá, um lugar pra encostar e descansar, meu cérebro diz: “ela só terá 1 ano, 5 meses e 28 dias agora”. E o coração arremata, pulsando e deixando claro que esse cansaço vale mais que a pena. Vale mais que 1 ano, 5 meses e 28 dias de cama, sofá, noites inteiras de sono e qualquer outra coisa que me tire o prazer de vê-la crescendo, se desenvolvendo e eu vivendo ao seu lado...

Eu poderia estar matando, eu poderia estar roubando ou poderia estar descansando, mas
estou aqui te fotografando enquanto você dorme gostoso rsrsrs <3


quarta-feira, 18 de março de 2015

Tem ou não tem festa?

Andaram me perguntando: “E aí, esse ano você vai fazer festa pra Angelina, né?!”

Na verdade, acho que não é uma pergunta e sim uma inquisição... acho que já comentei com vocês os problemas que tivemos e a “palpitação” na nossa cabeça, referente a festa de um ano da Angelina.

Bem, continuo com a mesma opinião: SE as condições financeiras permitirem para fazermos a festa conforme a idéia de planejamento que a gente tem; SE não tivermos nem um intempérie pelo caminho, que nos desmotive a fazer a festa; SE eu e o Arthur, pais da Angelina, decidirmos em comum acordo que este ano faremos: sim, vai ter festa!

Agora, principalmente o último item, não estiver condizente com a data. Não, não terá festa.

“Mas, como assim?!?!?!!? A menina nunca terá uma festa de aniversário?” Foi uma das perguntas que mais tive que responder entre um mês que antecedeu a data e uns dois meses depois. Só parei de ouvir falar sobre o aniversário, quando estava próximo do natal.

Comemoramos da melhor forma possível o 1.º ano dela. Enchendo ela de beijos, de abraços, falando o quanto a amamos. Fizemos um book, que ficou MAGNIFICO! Ela, eu e o Arthur. Um momento nosso. Um momento único que espero repetir daqui algum tempo.

O problema, não é o aniversário em si. Muito menos a comemoração. Pelo contrário. Temos mesmo, que comemorar, afinal é mais um ano de vida, é mais uma chance de fazer melhor, é um ano de experiências. E o primeiro ano do bebê, é o primeiro ano do casal como pais. É o primeiro ano da mãe. E se todo mundo sobreviveu, óbvio que deve ser comemorado.

Mas, cada um, do seu jeito. É a tecla que sempre bato em cima, aqui no blog: RESPEITO. Cada ser é diferente, cada um tem a sua criação, seu jeito.

Fui criada sem festas de aniversário e não sou (acredito!) um ser humano frustrado-comedor-de-criancinhas por que não tive festas! Pelo contrário, o dinheiro que se gastaria com festas, eu viajei, passeei com a minha família e foi tão ótimo!

Não tenho nada, NADA contra quem faz festa de aniversário, pelo contrário, adoro ir! Podem continuar me convidando!

Com muito respeito aos cariocas, aqui faço uma crítica, pois é um povo festeiro, feliz, que gosta de comemorar todo sábado e domingo, mas na segunda-feira bate na porta do vizinho, pedindo uma xícara de açúcar. Posso falar isso, pois morei no Rio de Janeiro e vi isso de perto acontecendo.

Enfim, tivemos as nossas particularidades e não fizemos o aniversário da pequena. Não somente por parte econômica, mas por opinião, por não achar necessário uma festa, para comemorar algo que comemoramos o ano inteiro que passou. Cada evolução, quando ela começou a segurar sozinha a mamadeira, se virou, sentou, ficou de pé, segurou nos móveis, babou no controle remoto, andou, balbuciou as primeiras palavras...

Foram comemorações diárias, que continuamos fazendo. Temos alguns meses pela frente para pensar no aniversário dela. Resolvi retomar este assunto devido algumas especulações que sofri nas últimas semanas... o povo não esquece, né? E é curioso... #povochato #normal #sqn



terça-feira, 17 de março de 2015

1 ano e 5 meses de Angelina

Gente! 1 ano e cinco meses, gente! Cês tem noção disso?

Pois é, avisa essa criança gente, que ela só tem 1 ano e cinco meses... para ser organizada, colocar as bonecas todas alinhadas próximo ao muro para “nanar”. Que ela é muito pequenina, para adorar sacanear o tio dela, fingindo espirro só pra ver ele se assustar.

Avisa essa menina, que a escalada no sofá, do assento para o encosto, do encosto para a poltrona, da poltrona para a janela, é perigosa e que a mamãe, apesar de achar o máximo ter uma menina-aranha em casa, morre de medo dela cair.
Eu não sei se acudo ou se tiro foto.
Na dúvida, primeiro o click rsrsrs

Alguém tem que parar e dizer pra Angelina, que vê-la carregando sua bolsa da escola, vestida de uniforme, me deixa extremamente apaixonada e apavorada, pois vejo que a cada dia, ela é mais independente.

É engraçado pensar numa coisa, quando vejo a Angelina: astrologia. Ela é libra, eu sou gêmeos e o Arthur, áries. Tenho dois irmãos de libra e um de áries. Teoricamente eu já deveria saber lidar com librianos. Tenho primos de libra. Tenho uma filha-postiça de libra. E tem horas, que eu não sei lidar com a minha libriana de 1 ano e 5 meses.

Foco nisso, tem horas, por que busco em vários lugares, sejam livros, santos, horóscopos, orixás, experiências de outras mães, essas mudanças constantes que acontecem com a minha pequena. É num ritmo muito acelerado, muito louco!

Me gusta melância!
Tem dia, que deixo a Angelina na escola de um jeito e a tarde ela é de outro. Mas, uma coisa que vejo, que é bem linear, é o jeitinho meigo dela. De como ela te conquista. Ouço sempre – e é tão bom ouvir! – que a Angelina é querida, que é uma fofa. Não como os outros nenéns. É uma fofa de “pode contar comigo”. Uma fofa de “mamãe, não se preocupe, eu tô aqui”. Ou ainda, é uma fofura-travessa! Onde você fala as coisas pra ela e ela faz exatamente o contrário, com um sorriso nos lábios... nessas horas ou você é firme ou você a enche de beijos e abraços!

Eu já falei em outros posts que quero viver muito ao lado da Angelina. Por que, a cada dia, minuto, hora, eu aprendo mais. Por que é ela que me ensina a viver todos os dias.

Feliz 1 ano e 5 meses Angelinda!



O gosto pela leitura, que é incentivado desde os 4 meses,
quando ela só comia a ponta dos livros, agora vejo ela
paradinha, olhando as figuras e de vez em quando aponta, do tipo "ó"!


quinta-feira, 5 de março de 2015

Você só cuida da casa? Não trabalha?

Este post é um post de revolta! De grito! De liberdade! De vontade de mandar o ser humano tomar no centro do cú!

Quando meu pai faleceu, lembro que em meio a dor do velório, a assistente social da empresa que ele trabalhava, estava lembrando de algumas conversas que ela já havia tido com o meu pai. Numa delas, ela perguntou ao meu pai se minha mãe não trabalhava. E ele respondeu: “trabalha sim! Ela cuida dos meus filhos, cuida da casa e de mim”. Isso foi o que o MEU PAI disse para UMA MULHER que questionou se a esposa dele não trabalhava fora de casa.

Por que a pergunta? Porque, infelizmente, só é considerado trabalho, se a mulher estiver batendo cartão, trabalhando oito, nove, dez horas fora de casa.

Sinceramente, vocês acham que a sua roupa sai do cesto e vai para a máquina sozinha? E que a comida brota dentro da panela quentinha, nas horas certas, do almoço e do jantar? Que se você tem cueca/calcinha dentro da gaveta é por que elas se alto lavam?

Não falo somente do serviço doméstico. Falo dos cuidados com os filhos. Quem não é mãe/pai tem noção quão grande é a responsabilidade, de cuidar/educar uma criança? Já vi muito casal brigando e o homem usando a frase “olha o que o seu filho fez!” Perae: a mulher fez o filho sozinha? Com o dedo?

E o que mais me irrita, ah como me irrita! É ver outra mulher, desdenhando de uma colega, conhecida, enfim, de outra mulher por que a mesma não trabalha fora.

Gente?! GENTE!!! Se a pessoa tem a oportunidade de estar em casa, sem trabalhar fora, seja por opção ou por qualquer outro motivo, que só diz respeito a essa mulher. ÓTIMO! E outra, se a pessoa se sente bem com isso, de estar em casa, melhor ainda.

Duvido que a mesma, está sentada em frente a TV o dia todo. E se estiver também? O que o outro tem a ver com isso? Se partimos do principio, que cada escolha há uma renúncia, será que essa mãe que está em casa, não abriu mão de um sonho de profissão, de uma carreira, de um objetivo que tinha, “só” para cuidar da cria?

Minha mãe foi trabalhar fora, quando eu tinha 10 anos. Mas, antes disse, ela ajudava meu pai com comércio que tivemos, fazia bolo por encomenda, era manicure na varanda de casa, cuidava de quatro filhos, da casa e tudo isso em cima de um salto alto. Sim, minha mãe limpava casa de salto e maquiada, algo que eu nunca consegui fazer.

A responsabilidade de cuidar dos filhos, muitas vezes sozinha, já que meu pai viajava muito, era muito grande, pois, qualquer coisa que desse errado, viria a cobrança da sociedade e claro, as piadinhas, do tipo “se ela tivesse o marido por perto, os filhos não seriam assim”.

Respeite a mãe que não trabalha fora, por que ela trabalha, com certeza, mais ainda, dentro de casa. E outra coisa importante: dê valor ao serviço doméstico. O tapete está na porta de entrada pra você limpar os pés e não de enfeite. O lugar da toalha de banho é esticada no box do banheiro e não em cima da cama. Os restos de comida, o papel da bala, a casca da fruta, são para ir para o cesto de lixo. Eles não vão levitar de cima da pia ou do braço do sofá até o seu destino. Você precisa leva-lo ao destino correto, ok?!

Respeito gente! Só isso.



segunda-feira, 2 de março de 2015

Amizades ao longo da maternidade

As amizades ao longo da vida mudam, se transformam. É raro aqueles que ainda tem amizades de infância, do tempo do colégio. Amigo mesmo! Aquele que é pau pra toda obra.

Pois bem: os caminhos da vida, nem preciso filosofar sobre, mudam. Tomam rumos diferentes, muitas vezes, fora do nosso controle, e com isso as amizades vão mudando. Isso pode ser decorrente de uma mudança de cidade, de estado. De colégio...

Eu não tenho amizades de infância. Como sempre nos mudamos muito, não tive este vínculo quando criança. Vejo meu marido, que tem amigos desde a pré-escola e a amizade se mantém. É bonito de se ver!

Porém, algo que observo também, é que a amizade masculina é bemmmmmmm diferente da feminina. A amizade dos homens, vendo de fora, não tem concorrência, sabe? Não tem diz-que-me-diz.

Eu notei amizades mudando, a partir do momento que eu comecei a namorar. Aos poucos nossa vida de farra, foi se tornando uma vida mais caseira, com os amigos em churrasquinhos, não tinha mais o “fervo”. Não éramos mais convidados para sair. O que, sinceramente, entendo como normal. Já que a turma solteira queria azaração, bebida e bagunça até a madrugada. Algo que já não pertencia mais a gente. Não quero dizer, que quando começamos a namorar ficamos com 85 anos de repente. Mas, o momento era outro, diferente, e muitas pessoas não entenderam isso.

Claro que as amizades “ponta firme” se mantiveram. Nos xingavam, por que a gente não saia, mas estavam ali nos churrasquinhos, nas conversas ao telefone, num encontro e outro.

Aí veio o casamento e a coisa ficou mais enxuta ainda. Quem é solteiro, tem problemas de solteiro. E quem é casado, tem problemas de casado, oras bolas. E claro, muitas vezes, um não tem paciência pra ouvir o outro. Talvez não seja nem falta de paciência, mas sim, falta do que falar, do que opinar. Por que, teoricamente, o casado sabe palpitar na vida de solteiro, mas o solteiro, não tem como opinar na vida de casado, já que ainda não passou por essa situação.

Mas, vamos falar da amizade, ao longo da maternidade. Lembra quando eu falei da disputa materna? É/seria normal isso acontecer entre mães que não se conhecem, que mal se veem na entrada e saída da escola, que se encontram numa festa infantil. Mas, quando isso acontece entre amigos é mais complicado. Sei que tenho amigas que não concordam com o nosso modo de criar a Angelina, tão pouco nós concordamos com os meios dos nossos amigos criarem seus filhos. E isso é ótimo! Sim, ótimo! Pois é um sinal que cada ser, tem a sua opinião formada e age conforme acha certo/melhor. Se está certo ou errado, não cabe a nós julgarmos, ok?!

Vejo que acabei me afastando de algumas amizades depois que me tornei mãe, justamente, por opiniões muito diferentes, principalmente no quesito criação. É complicado, pois você já tem que administrar a diferença de cultura, dentro de casa, afinal os casais tem criações diferentes em muitos aspectos e juntos, procuram alinhar da melhor forma possível, para um bom convívio.

Em compensação, me aproximei de pessoas que eu nem conhecia, que conheci em conversas com outras amigas em comum, retomei amizades com pessoas que se tornaram mães na mesma época que eu... e por aí vai.

O que quero dizer e afirmar com este post, é que essas mudanças da maternidade é NORMAL. Amigos/amigas de pessoas que estão namorando/casando/engravidando, não é que você “perdeu” seu amigo/amiga, não é que ele não gosta mais de você. Talvez, as prioridades é que são outras. Pessoas que estão namorando/casando/engravidando, procurem não deixar de lado seus amigos que não estão na mesma vibe.

Para ajudar nisso, é necessário equilíbrio. Eu ainda não consegui o meu, mas estou buscando ;)



domingo, 15 de fevereiro de 2015

Viajando com a baby

Sim minha gente! É possível você voltar a pegar uma estrada, aproveitar um feriado, levando além da sua bagagem, um pacotinho fofo, gostoso, que chora e quer mais atenção.

Eu sempre procurei fugir nos feriados e, quando dava, nos finais de semana. Aí casei com o Arthur que tem o mesmo espírito aventureiro. Pra se ter idéia, em um final de semana, nós dois aproveitamos e conhecemos mais lugares em Natal (RN), do que muita gente que faz pacote de viagem ;)

Enfim, durante a gestação, tive apenas dois bate-e-volta em São Paulo, para resolver algumas coisas.

Depois que a Angelina nasceu nossa primeira viagem foi à Curitiba, para a casa da minha tia. Ela tinha dois para três meses. O marido trabalhou até às 22h e saímos de Maringá, perto da meia noite, duma sexta-feira. A pequena já tinha mamado, arrotado, cagado, trocada e estava com os olhinhos acesos, querendo descobrir o que o mundo podia oferecer. Mas, foi só ser colocada no bebê conforto, que o balancinho do carro, foi dando o compasso do soninho que chegava.

No porta-malas tínhamos a mala de roupas minha e do marido, a bolsa da câmera fotográfica com todas as lentes possíveis e imagináveis, pacote de fraldas fechado, lata de leite fechada, roupas de frio e de calor da neném, toalha de banho da pequena, manta, cobertorzinho, berço desmontável, produtos de higiene e mordedores. Como um ser tão pequenino, pode tomar tanto espaço!

Dentro do carro levamos uma bolsa menor, com mamadeira pronta, fraldas avulsas, lenço humedecido e troca de roupa em caso de um cocô a jato, mas não usamos rsrsrs.

Chegamos em Curitiba por volta das 3h. Minha tia, na hora que chegamos, já pegou a Angelina “bonequinha” dos meus braços. Ali nos arrumamos para dormir, mas antes a pequena passou de colo em colo, recebendo carinho dos tios, primos...

No dia seguinte, após um café reforçado da minha tia, fomos passear no zoológico. Fazia anos que eu não entrava em um. Angelina foi devidamente acomodada no sling, no colo do pai, e eu, meus primos, minha sobrinha, fomos tirando foto, rindo e divertindo. Nem a chuva que pegamos e corremos para proteger a pequena, nos atrapalhou.

A ideia do final de semana era ter ido na praia também, mas, apesar de ser janeiro e verão, Curitiba estava debaixo de chuva e não valia pena gastar combustível para descer a serra, ainda mais com uma neném.

Voltamos no domingo depois do almoço para Maringá. Foi muito gostoso sair da rotina de fraldas e mamadeiras. Isso, para alguns pode parecer bobagem, mas para a mulher, que está em casa full time cuidando do recém-nascido, faz um bem danado.

Depois dessa experiência, nós já fomos duas vezes a São Paulo – capital, fomos para Caiuá (interior de SP), Porto Rico (uma delícia de paraíso a 200 km de Maringá) e para um hotel-fazenda, também no interior de SP, onde ela se divertiu bastante! Tivemos experiências de carro e avião, o que difere em algumas coisas também, mas conto num próximo post.

Aos poucos estamos nos organizando e tornando o nosso amor em viajar, possível com a nossa pequena!


Sem contar, que quando você vai pra casa dos parentes legais, todo mundo quer ajudar a cuidar dos fofuxinhos <3

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

A decisão de se tornar mãe

Tá. Você tem um planejamento de vida. Por exemplo: você quer estudar, se formar, namorar bastante, aproveitar a vida, badalar, viajar, achar alguém bacana, sossegar, (quem sabe?) casar, fazer sexo todos os dias, formar uma família, com cerca branca, gramado verde, um cachorro labrador caramelo, carro na garagem, tudo isso conquistado com o seu trabalho e do seu/sua companheiro/a. Certo?

Aí, conforme você vai crescendo, amadurecendo, ralando pra cacete, vai vendo que a realidade fofa é bem diferente da prática.

Bem, primeiro eu tinha um pensamento: não quero casar, nem ter filhos. Com o passar dos anos, eu queria casar, mas não queria filhos. Um pouco depois eu já não queria casar, mas queria filhos. Essa idéia da produção independente ficou comigo durante um bom tempo. Aí assumi uma postura que, se até os 30 anos, eu não tivesse alguém bacana do meu lado, eu faria inseminação artificial. Fiz, inclusive, um investimento financeiro, para guardar dinheiro para esse fim.

Depois de alguns relacionamentos fracassados, numa bela noite de julho, conheci o Arthur. E com isso já são quatro anos juntos, três morando junto, dois como casados e um como pais da Angelina <3

Mas, e pra chegar na Angelina? Apesar da vontade crescente de ser mãe dentro de mim, nunca ter diminuído, confesso que deu medo. Eu e o Thur nos conhecemos na balada e desde então, sempre continuamos saindo, indo em show, festando, cervejadas, boates. O lema era se divertir. Sem contar as viagens. Que, quando dava na teia, pegávamos a estrada num final de semana qualquer e íamos conhecer novos lugares ou visitar os velhos queridos.

Quando fomos morar juntos a vontade de ser mãe, bateu no peito de novo. Aquela ansiedade era visceral! No mês de agosto, em meios aos preparativos do nosso casamento, decidimos que eu iria parar de tomar remédio. O bom do Arthur é que ele entra nas loucuras junto comigo rsrsrs aí ele também foi pro médico, pra saber se estava tudo nos conformes.

Tá, voltando. Eu queria um neném. Mas, eu queria ir no Rock In Rio. Eu queria um filho. Mas, eu queria começar nosso roteiro internacional de viagens. Só que eu queria muito ser mãe. Só que eu queria começar outra pós-graduação. E aí, esses conflitos internos, me tiravam o sono. Literalmente. Eu acordava de madrugada e via o marido dormindo e ficava pensando em como seria nossa vida, com e sem neném. Aí, algumas vezes até senti raiva, pelo marido não estar ali, naquela neura, junto comigo.

A neura aumentou mais ainda, conforme foram surgindo amigas, conhecidas, grávidas a minha volta. Umas, “por descuido”, outras, por que planejaram, esperaram, se prepararam. E eu ali. Nada.

Aí as emoções foram piorando, conforme também se aproximava o dia do casamento. Juntou a vontade de engravidar, com os preparativos do casório, as oito grávidas próximas, um processo de coaching que resolvi fazer para melhorar meu lado profissional, enfim... eu tava louca. De pedra. Louca, louca. Meus sentimentos ficaram totalmente misturados, desnivelados, perdidos. Eu (achava que) sabia o que eu queria de manhã, mas como uma boa geminiana, no período da tarde eu já não queria mais.

Setembro veio a menstruação. E eu chorei. Chorei igual criança que perde o brinquedo. Igual o cachorro por causa dos fogos. Chorei muito, mas muito mesmo. E depois senti alívio, por que eu iria no casamento dos nossos amigos e eu iria poder beber, pular e festar como todos os outros convidados.

Louco, né? Também acho.

Aí em outubro chegou o nosso casamento. E o nosso foco estava nisso: na festa, na bebida, nos convidados, no buffet e em como pagar isso tudo. E a menstruação também veio e neste mês eu nem liguei. E fiquei sabendo de mais uma grávida. Liguei, mas nem tanto.

Admito que em novembro, desencanei bem. Foquei no meu profissional. Afinal, para se ter filhos, também é necessário se ter dinheiro (o suficiente, gente, sem mais neuras). Conversei com Deus e esperei a natureza agir.

Veio a correria do final de ano, mais uma menstruação e mais um mês sem neném. Nesse meio tempo, tive um surto. A Angelis e a Bruna seguraram minha mão, conversaram comigo, me acalmaram. Elas próprias demoraram cerca de seis meses para engravidar depois que pararam o anticoncepcional. Fiquei mais tranquila.

Enfim... definitivamente, o que estava atrapalhando a chegada da Angelina, era a minha ansiedade. Depois que eu relaxei, ficamos grávidos. Ficamos sabendo uns 10 dias depois de termos ido numa boate, pulado e dançando a noite toda.

Quanto as dúvidas se era o momento ou não, não tenho a resposta até hoje. Mas, o principal: não me arrependo de jeito nenhum de ter parado de tomar remédio, de ter engravidado e de estar nessa roda louca da maternidade. Hoje, sou TODA Angelina!

Admito aqui, e atire a primeira pedra, a mãe que nunca teve esse sentimento, que por vezes, desde quando engravidei, pensei e refleti “será que era a hora?” ou “será que estou pronta para ser mãe?”. E a resposta que vem, com um grande SIM, é cada vez que ela sorri pra mim. Ou quando ela chora e estica os bracinhos e diz “mãmãmã”, aí a dúvida vai embora... até a próxima crise ;)

Quando for para engravidar do próximo e do próximo, eu conto pra vocês de novo, como foi a decisão de parar de tomar remédio e toda a loucura envolvida nessa ação rsrsrs

É quando a dúvida surge, que eu tenho mais certeza!

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Filho que nasce no coração

Eu sempre quis entender o por que dos meus pais terem em casa, além dos filhos, alguém mais para criar. Admito que, por muitas vezes, isso me irritou profundamente, afinal, o tempo livre deles, que eu já tinha que dividir com os meus irmãos, eu tinha que dividir com pessoas que nem laços de sangue tinham comigo.

São algumas histórias bem loucas que já aconteceram na nossa vida. Lembro quando morávamos em São José dos Pinhais (PR), de uma mulher que era conhecida. Disse que precisava deixar o filho dela com a minha mãe para encontrar o marido não sei onde e já voltava. O “já voltava dela” demorou mais de um mês. Meu pai, por vezes, foi à casa deles e chamava, batia e ninguém atendia. Por fim, um belo dia, a mãe e o pai apareceram com a maior cara lavada em casa e levaram o menino. Por um lado, fiquei aliviada. Por outro, vi meus pais dando uma dura no casal, por terem feito aquilo, mas com dor no coração de deixar o menino ir.

Tivemos uma empregada, que era mãe solteira de dois filhos. Meus pais arrumaram uma casa que tinha no fundo do nosso mercadinho. Os meninos eram terríveissssssssssssssss. A Anita não dava conta deles. O argumento para eles irem para a escola, é que ela ia “chamar o Jair ou a Cida”. E meus pais ajudavam em lição de casa e na educação deles dois.

Minha mãe trabalhou na escola que eu e meus irmãos estudamos em São Paulo. Era a “Tia Cida”. Alimentou muita criança da favela, que a única refeição era a merenda escolar. Guardou muita arma e drogas dos alunos do noturno, para eles estudarem, e devolvia na hora da saída. Conivência com o crime? Não. Eu diria respeito pelo outro, assim como eles a respeitavam.

Acho que acabei herdando um pouco disso dos meus pais. Tenho filhos que nasceram no meu coração. Com quem eu me preocupo, aconselho, penso, de verdade. Pessoas maravilhosas que tenho um carinho bem grande. São ex-alunos, são ex-estagiários, são amigos que, muitas vezes, me sinto no dever de fazer algo, dizer alguma coisa, que os ajudem a, pelo menos, pensar numa outra direção. Talvez isso seja aconselhar... pode ser... como uma mãe faria.

Fora, é claro, os sobrinhos. Filhos dos nossos irmãos, que quando nascem, acabam sendo nossos também. A "minha" mais velha é a Rafaela, que quando eu soube que seria uma menina, morri de ciúmes em perder meu posto, mas hoje é minha super companheira. Tenho a Giovanna, minha Gigi, que é bem amorosa, o Júlio que é terrível, e a caçulinha, a Catarina. Amo duas vezes, afinal é filha do meu irmão caçula e também da minha amiga de adolescência, que virou cunhada!

A Eliane Maio diz que eu sou uma esponja rsrs que eu tomo pra mim, problemas que não são meus. A Angelis também reforça isso rsrs. Mas, fala pra mim: se a gente tá aqui nesse mundão de meu Deus e não podemos “perder” nosso tempo, pensando/ajudando o outro, qual o real sentido da vida, hein?

Um dia, depois que parir meu terceiro filho, quero adotar o quarto. Não importa a idade, a cor, o sexo, nada. Quero uma criança para eu dar amor, para eu ajudar a achar o seu caminho e, assim, caminharmos juntos, até quando Deus quiser...

Para meus filhos de coração, mamys tá aqui. Sempre ;)




segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Meu corpo e como me sinto depois que pari

Gentem!!!
Feliz 2015 pra todas vocês!
Eu deixei de lado blog, Facebook, blog, zap-zap, tudo no final do ano.
Faz tempo que não posto nada e senti falta de desabafar com vocês rsrsrs

Uma das minhas promessas de ano novo é não deixar de postar alguma coisa, pelo menos uma vez a cada 15 dias. Depois, se eu conseguir cumprir, mudo para uma vez por semana. Me ajudem!!!

Então, para retomar o blog com força total em 2015, meu primeiro post é sobre o meu corpo e como eu me sinto com ele, após ter parido a Angelina.


Pensei nesse post, depois de ter lido o post da atriz Carolinie Figueiredo sobre como ela encarava o corpo dela depois das duas gestações.

Sei lá, não me lembro de ter conversado com alguma mulher, que diz que depois que teve filhos, o corpo “não desandou” ou que não queira mudar alguma coisa. Tem até as que fazem loucuras – e juram que não fizeram – como a Cláudia Leite que fez lipo após a cesárea do segundo filho e correu para o carnaval.

Enfim... cada uma sabe o que faz, sempre. E com o corpo, pós-gravidez, não iria ser diferente.

Mas, vou falar pra vocês como me sinto. Primeiramente, nunca tive um corpo esbelto. Um corpo sarado, com barriga de tanquinho. Aqui tem uma máquina de lavar completa rsrsrs. Brincadeiras a parte, o que quero dizer é que nunca tive “corpo de modelo” ou dentro dos padrões exigidos (por quem mesmo?).

Sempre lutei contra a balança. Tomei todas as fórmulas milagrosas existentes para emagrecer. Cheguei a perder 10 quilos em dois meses, porém ninguém podia conversar comigo, pois eu estava animalesca! Eu saía do prumo com as drogas para emagrecer. Por vezes, fiquei feliz com o resultado, mas o que mais aconteceu, foi eu ferrar com a minha saúde.

Quando fiquei grávida, fiquei extremamente preocupada com a questão do peso. Modéstia a parte, fiquei uma grávida lindona. Barrigão redondo, a pele morena corada e eu engordei 9 quilos. Pra ser mais exata, 8,900! Isso me dá orgulho em dizer. Por que não passei fome, nem vontade. Mas, em vez de comer uma barra de chocolate inteira, comia uma ou duas carreirinhas. Pronto, satisfeita.

Durante a gestação, eu ou o marido passava óleos e cremes hidratantes na barriga, nas pernas e nos pés, fazendo massagem. E eu me valendo da pele morena, elástica, sossegada, que estrias não iriam aparecer. Mas, elas surgiram no último mês – claro, o mês que não passamos tanto creme e óleo assim. A parte debaixo da minha barriga ficou toda “arranhada”. Parece que eu passei numa cerca de arame farpado. Eu as odeio. Eu as olho no espelho e me condeno. Me culpo por não ter passado mais óleo, mais creme.

Mas, daí, eu vejo a Angelina =D e meu coração se enche de amor e eu penso “foda-se as estrias!” e aí eu me vejo no espelho de novo e tudo recomeça.

Minha barriga ficou um pouco mais mole também. Talvez abdominais dariam um jeito? Talvez... mas, entre ficar com a minha pequena, me divertindo com ela, e ficar uma hora enfiada numa academia, fico com a Angelina. O retorno é um bem, BEM MAIOR.

Não estou satisfeita com o meu corpo, não mesmo. Procuro dar uma moderada na alimentação e evitar besteiras. Doces ficaram para os finais de semana e o momento de estresse. Estresse esse, que vem fazendo meu cabelo despencar! Outra coisa que sempre briguei na vida, com o meu cabelo...

Vejo que os meus seios não estão mais na “linha do Equador”, eu diria que estão um pouco pra baixo. Não chegam estar aqui no Uruguai, mas deram uma caída sim. E olha que amamentei pouco. Mas, ora leio que é mito que amamentar faz cair os seios, ora leio que é totalmente verdade.

Acredito que o que estou falando, várias mulheres passam depois da gestação. Conheço uma que chegou a "esfolar" a pele da barriga usando a cinta apertada, para a barriga voltar ao lugar. Ela ficou lindona (mais!) depois da gestação. Eu deveria ter usado mais cinta. Mas, voltando, até mesmo, para se sentir bonita, sexy, leva um tempo. Logo depois que pari, não gostava que meu marido me visse pelada. Não mesmo! Hoje ainda tenho um pouco de receio, mas já consigo ficar mais relaxada.

Quanto a ficar de biquíni, por exemplo, perto de outras mulheres conhecidas, evito. Jogo uma camiseta em cima. Algumas, que me dizem para largar de ser boba, sei que falam de boa, de coração. Outras, sei que, quando eu virar as costas, vão comentar as estrias e a flacidez. Então, para minha cabeça não ficar pensando caraminholas, além das que já tenho normalmente, evito. Agora, se estou numa praia, num lugar que não vou mais ver as outras pessoas, ligo o foda-se e pego um solzinho, por que ninguém é de ferro.

Ainda tenho que trabalhar um pouco a questão do meu corpo, na minha mente. Tenho que levar em consideração aquele lance, de que um corpo é só um corpo, que eu tenho um grande presente, que é a minha linda e saudável filha, que o marido me ama além do meu corpo, etc, etc, etc... na teoria é lindo, né?! Rsrsrs mas, uma hora, eu, você, todo mundo que tá parindo, acaba desencanando.


Blusinha em Porto Rico ;)