Acredito que seja algo, que outras mães, que como eu, procuram tomar uma atitude diferente na criação dos filhos, devem passar.
Os embates acontecem, todos os dias e a gente cansa, mas tá ali, lutando, seguindo a nossa ideologia, recuando na hora certa, partindo pra cima quando necessário e assim vai. Eu tô numa pira. Admito.
Dentre alguns modelos de maternidade que eu busco pra mim, tenho a minha comadre. Não, ela não é perfeita. Muito menos, mãe de 15. Entrou nessa vibe de maternidade um pouco antes que eu, mas no que ela ganha o meu respeito, é na questão da alimentação dos filhotes.
Várias vezes, nós duas brigamos com a balança. Foi na época da formatura, que fizemos umas doideras pra emagrecer. Depois, quando ela foi casar, entramos numa reeducação-militar-alimentar pra chegarmos lindas ao grande dia.
E aí eu sempre penso: não quero isso pra Angelina. Não quero vê-la sofrendo, procurando roupas G, GG, XG, como normalmente eu faço. Não podendo usar "modinhas" devido não ser feitas/pensadas para pessoas "de peso".
E vejo na comadre, uma alimentação saudável pra ela e, principalmente, pra família. Crianças, sadias e coradas. E é isso que eu quero pra minha filha: saúde!
Só que assim: eu sei muito bem o que se encaixa na minha realidade, no meu bolso, no nosso cotidiano. E eu pesquiso. Como eu leio, pesquiso, pergunto, vou atrás de informações, tenho consciência do que é bom para a Angelina, pra mim, pra nossa família.
Quando digo que paçoca não trará benefício algum para ela – ou para qualquer criança da idade dela – não é por que sou chata. Ou neurótica. Não, simplesmente, eu pesquisei. Eu busquei informações. Tenho embasamento teórico sobre isso.
“Ah, mas você comeu paçoca quando era criança e taí viva e bem!”... sim, tô... tô “bem gorda”, tô “bem com outros problemas de saúde”.
Cada caso é um caso. Cada organismo é um organismo. Cada pessoa é uma pessoa.
Mas, o que todo mundo quer, é RESPEITO.
E exigir isso cansa... dá uma preguiça...
Já fui alvo de piadinhas. Já fui desafiada. As pessoas gostam de testar o seu limite, sabe? Fazendo de propósito, colocando doces e outras coisas na boca do seu filho e você ali, argumentando, falando, que não. Com a desculpa que “a criança vai ficar com vontade”.
O que me fez mal, muito mal mesmo esses últimos dias, foi o fato da Angelina tomar suco de caixinha. E ter gostado. Claro, é puro açúcar! Quem não gosta de um docinho?
Masssssssssssss, desgraça pouca é bobagem. Eu. Euzinha. Comprei suco de caixinha pra minha filha levar pra escola. Como estou numa correria grande, não estou dando conta de fazer o suco natural, como eu e o Arthur sempre fizemos.
E aí? O que eu fiz? Comprei. Vários, de vários sabores. Coloquei na geladeira e mandei dois por dia, pra escola servir pra ela.
Onde eu estava com a cabeça? Pensando na praticidade, no fato da minha filha não ficar sem suco e que eu estava muito “xiita”.
Gente!!!!!! Onde foi parar minha inteligência, minhas pesquisas, minha opinião, minha inspiração, tudo, em frente à gondola do supermercado???
Que fique bem claro, mais uma vez. Se você acha que não está fazendo nada de errado com o SEU filho, de boa, não tenho nada a ver com isso. Mas, eu, euzinha, me sinto bem culpada com isso. E aí, me vem o medo, de ser “menos mãe” pra Angelina, ao expor toda a sua fragilidade, a todos os acidulantes, corantes, açúcares e sódio que podem conter numa caixinha de suco...
Sobre a questão de deixá-la "zumbizando" na frente da TV, falo com vocês em outro post. Zero pra mim!
Algumas pesquisas, para quem ainda acha que sou xiita:
http://www.saudemelhor.com/5-sucos-com-mais-acucar-refrigerante/
https://propaganut.wordpress.com/2013/05/13/saiba-o-que-voce-esta-comendo-sucos-de-caixinha/
http://noticias.r7.com/saude/noticias/suco-de-caixinha-tem-mais-acucar-que-refrigerante-20101118.html
http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/noticia/2015/01/consumidor-deve-ficar-atento-com-alta-taxa-de-acucar-em-sucos-de-caixa.html
http://palavrademelinda.com/2013/03/15/muito-alem-do-peso-cinema-e-saude/
http://estouficandomagrinha.blogspot.com.br/2014_11_01_archive.html