domingo, 8 de dezembro de 2013

Visitas

Recebemos MUITAS visitas. Muitas mesmo! Não tô usando uma hipérbole. É muito bom se sentir amada, querida =)

Tivemos visita de todo tipo: As que vinham para ver a mãe e a neném. As que vinham para ver a neném. A que vinha para ver se a mãe emagreceu. A que tinha curiosidade para bisbilhotar nossa casa e aproveitaram a ocasião. A que vinha contar uma história trágica, que aconteceu com a vizinha-da-tia-da-irmã-da-cunhada.

Fora os conselhos! "Ah, por que fulano fazia assim e dava certo" ... "Ah, se você pegar ela no colo toda hora, vai ficar manhosa" ... "Você não vai colocar uma roupa nessa criança?!" e por aí vai...

Quando recebi a Angelis no hospital, lembro que fofamente ela me perguntou ao telefone: "Pri, posso ir mesmo? Fica à vontade em responder". Tamanha era a preocupação dela em incomodar.

A questão não é receber visitas, pelo contrário, adoramos estar rodeados de gente. Somos extremamente sociáveis! O negócio é a fase de adaptação. A Anne e o Leandro, que tiveram a Manu em junho, vieram nos ver. Quando eu disse que iria providenciar algo para eles beberem, a Anne disse: "Pri, relaxa. Visita para recém-nascido é rápida! A pessoa, no máximo, deve pedir água". Achei fofo da parte dela.

A Leandra que é mãe da outra Manu, que já tem dois aninhos, veio com a Raphaela, e foi uma pessoa que me deixou super calma, light mesmo... Deu dicas, mas foi tão sensível em dizê-las, que lembro com carinho. Ela não quis impor o que ela dizia. A Sandra, que é mãe de uma moça linda, a Camila, de 19 anos, e do Douglas, um rapagão de 17, foi a visita prática, que me ajudou com a amamentação, me contou o que ela fazia com os filhos e foi me acalmando...

Tivemos várias visitas que nos acalmaram, que nos fizeram muito bem. Outras que deixou a gente apreensivos. E, ainda, algumas que nos fizeram pensar que somos uns bostas como pais!!!

Essa adaptação dos pais com o recém-nascido; a criança entender que ela e a mãe não são a mesma pessoa; o casal entender que existe um ser a mais e que eles são responsáveis.. é tudo muito louco!

Nesse dia, eu e o Arthur contamos e havia oito pessoas em nossa sala. Nossa sala tem 3 ou 4m²! Tentei amamentar e não conseguia. Lembro que a Fran, meio que organizava a bagunça e a Ju tentava levar a galera embora.

O que aprendi com isso:

  • Visitem as parturientes no hospital, ou então depois de uns 15 dias. Ela não vai ficar chateada;
  • Não vá visitar a mãe e a criança esperando um banquete! Se ela não teve tempo nem de escovar os dentes, acha que deu tempo de fazer sobremesa?
  • Pelo amor de Deus! Se você está vendo que a mãe está com algum problema, como no meu caso, a amamentação, não piore as coisas contando histórias da vizinha-da-prima. Se não puder ajudar, não precisa terminar de ajudar a mãe a se jogar no precipício!
  • E, por fim, se a mãe e o pai forem doidos, como eu e o Arthur, não vão se importar se você pegar a criança. Mas, tem mãe que não gosta. Peça. Não custa. E, se os pais disserem "não", não leve pro lado pessoal. É instinto de proteção.

Nenhum comentário:

Postar um comentário