segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Artrite Reumatóide

Bem, lá no começo dos posts eu disse que iria explicar a questão da artrite. Algumas pessoas que não sabem o que eu tenho, me criticam e me chamam de "Maria das Dores".

O que eu sei. é que faz quatro anos que faço tratamento para Artrite Reumatoide. Há oito, médicos vasculham meu sangue para fechar meu diagnóstico e, mais ou menos, uns 12 anos que eu sinto dor. Dor, dor, dor! Sabe o que é você acordar todo dia com dor? Nos ossos, principalmente, nas articulações. Os médicos pediam exames de sangue e ultrassom, raio-x, tomografia, um mês sim, outro não, mudavam as medicações de 15 em 15 dias. Sabe o que é ter conta na farmácia para pagar por mês, e isso ultrapassar os R$400,00 rapidinho? Tem picos de melhora, como no verão. O calor ajuda bastante. Porém, no frio... cara, é difícil aguentar.

Durante a gestação foi ótimo! A reumatologista havia me dito que a gravidez ajudava a melhorar a artrite. Até os exames de sangue melhoraram. Meus leucócitos (parte branca do sangue) subiram a um nível de normalidade, que fazia anos que nem eu, nem os médicos víamos.

Como engravidei em janeiro, somente em junho, quando o frio pegou mesmo, eu travei. Foram vários dias sem ir trabalhar, ou quando ia, subir as escadas, era terrível!!! Aí, pra quem está acostumada a tomar remédios em doses cavalares pra dor, passa a ingerir a única coisa liberada por alguns médicos durante a gravidez: paracetamol. E adianta alguma coisa? Como a dor foi pegando mais, o Dr. Edson liberou dipirona para ajudar.

Com o peso da barriga, normalmente, já acontece das grávidas terem dor nas costas. Eu tinha no quadril. A Dra. Andréa pediu um ultrassom e eu estava com "as bursas" inflamadas. Eu dizia que meus "quartos" estavam doendo. A médica me passou muitas sessões de fisioterapia para ajudar. A vantagem nisso é que fiz amizade com o pessoal da Unimed e as sessões eram menos chatas. A Karine, uma das fisioterapeutas, era com quem eu mais conversava, e a gente ria, ria... era gostoso.

Até entrar de férias em setembro, trabalhei normalmente. Tive dias que faltei, mas por que a dor chegou a um ponto mais que master. Porém, foi possível administrar. Por vezes, pensei em fazer cesárea, admito, pra poder voltar a tomar logo os meus remédios pra dor. Tive anjos que me ajudaram muito nessa jornada. A compreensão do Bulgarelli foi imprescindível. A Bruna, minha estagiária, sempre se preocupando com o meu bem-estar. A Fátima, que mais de uma vez, buscou almoço no refeitório, por que eu não conseguia descer e subir as escadas.

"Minha mãe loira", a Sirlei, que estava grávida junto comigo (na VIAPAR ninguém fica grávida sozinha, sempre são em duplas rsrsr) cuidou bastante do meu psicológico. Me ajudou a ter equilíbrio, tendo sempre uma palavra de carinho, de conforto para não deixar eu cair.

Foram várias pessoas e várias situações. Se eu for lembrando de todo mundo o post vai ficar bem grande. Mas, não posso esquecer do marido, que passava "dotorzinho" nas minhas costas e pernas, levantava de madrugada pra pegar remédio e colocar bolsa quente ora nas costas ora no quadril e assim foi...

A Bruna.... Ah, a Bruna... quantos e-mails quilométricos eu mandei pra ela, e mesmo tendo um monte de coisas pra fazer, o Pedro pra cuidar, ainda me dava atenção. Fora a Anacléia! Que tão doida quanto eu, mas bem menos "ácida", conhece os sintomas e os altos e baixos da artrite (por conta do marido) e que me ajudou a lidar de uma forma rock n'roll com a coisa rsrsrsrs


Essa foto foi num dia que eu estava com muita, mas muita dor. Só que nesse dia disseram que eu estava tão linda, que eu consegui o sorriso!





quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

4ª feira louca

Não sei se foi a agitação do dia anterior, ou se foi o fato do Arthur ter voltado trabalhar, ou ainda o fato dos seios estarem mais doloridos, ou o cansaço acumulado. A quarta-feira foi punk! A Angelina saía do meu colo, ia para o da minha mãe, voltava pro meu, eu tentava amamentar, minha mãe me ajudava a colocá-la no peito e quando conseguíamos, ela mamava no máximo 10 minutos e largava o peito nervosa.

Isso se estendeu no restante do dia. Outras visitas apareceram. E eu chorava... posso dizer que o que eu não chorei durante a gravidez, desabei desde que ela nasceu.

Quando o Arthur chegou 22h30 do serviço, eu estava de olho fundo, minha mãe exausta, até minha sobrinha tinha tentado acalmar a Angelina. e nada. Ela ainda chorava. Decidimos levá-la ao Pronto Socorro. Eu acreditava que ela estava com dor. Arrumei a bolsa e fomos. No caminho ela mamou e dormiu. Chegamos no hospital, fizemos a ficha e ela continuou dormindo. Sentamos para aguardar, o Arthur ficou com ela no colo e eu fui cochilando, tamanho era o cansaço. Como estava demorando, umas duas vezes pensamos em ir embora. Mas, e o medo? Dela desabar a chorar de novo e a gente não saber o que era?

Finalmente chamaram. O Arthur levantou para entrar comigo e o segurança não deixou. Isso já passava da meia-noite. Desabei a chorar. Fui esperar em um corredor. Olhava para os lados, mães acompanhadas dos pais e com os filhos no colo. Só eu sozinha. Uma mãe ao meu lado chorava por que a filha de três anos iria ficar internada, por principio de pneumonia.

Aos poucos todos foram sendo atendidos e eu ficando ali, segurando o meu "Toquinho". Apareceu uma enfermeira no corredor e eu pedi, sem segurar as lágrimas, pra ela deixar o Arthur entrar. Ela viu meu desespero e chamou o marido. Quando o Arthur apareceu no corredor, me deu um alívio, "por não estar mais sozinha".

A pediatra finalmente chamou e entramos para consulta. Comecei a explicar que a neném chorava desesperada e estava limpa, tinha mamado, estava vestida, umbigo cicatrizando bem, enfim... eu achava que estava tudo certo, mas não conseguia entender o choro.

A médica foi examinando, teve que tirar a roupa da Angelina para acorda-la. O que a pediatra nos disse, foi para nos acalmarmos. A neném estava bem. Hidratada, ganhando peso, alerta, estava se desenvolvendo dentro do normal. Estava um pouquinho rouca de chorar, mas tudo normal. Disse para nos acalmarmos, senão, quem iria precisar de médico, era nós dois. Disse, inclusive, para ficarmos felizes de hoje ela chorar. Para nos prepararmos para depois, quando ela começar a discutir com a gente rsrsrs

Chegamos em casa perto da uma da manhã. E dormimos... até às 3h, quando ela acordou e o chororo recomeçou...


domingo, 8 de dezembro de 2013

Visitas

Recebemos MUITAS visitas. Muitas mesmo! Não tô usando uma hipérbole. É muito bom se sentir amada, querida =)

Tivemos visita de todo tipo: As que vinham para ver a mãe e a neném. As que vinham para ver a neném. A que vinha para ver se a mãe emagreceu. A que tinha curiosidade para bisbilhotar nossa casa e aproveitaram a ocasião. A que vinha contar uma história trágica, que aconteceu com a vizinha-da-tia-da-irmã-da-cunhada.

Fora os conselhos! "Ah, por que fulano fazia assim e dava certo" ... "Ah, se você pegar ela no colo toda hora, vai ficar manhosa" ... "Você não vai colocar uma roupa nessa criança?!" e por aí vai...

Quando recebi a Angelis no hospital, lembro que fofamente ela me perguntou ao telefone: "Pri, posso ir mesmo? Fica à vontade em responder". Tamanha era a preocupação dela em incomodar.

A questão não é receber visitas, pelo contrário, adoramos estar rodeados de gente. Somos extremamente sociáveis! O negócio é a fase de adaptação. A Anne e o Leandro, que tiveram a Manu em junho, vieram nos ver. Quando eu disse que iria providenciar algo para eles beberem, a Anne disse: "Pri, relaxa. Visita para recém-nascido é rápida! A pessoa, no máximo, deve pedir água". Achei fofo da parte dela.

A Leandra que é mãe da outra Manu, que já tem dois aninhos, veio com a Raphaela, e foi uma pessoa que me deixou super calma, light mesmo... Deu dicas, mas foi tão sensível em dizê-las, que lembro com carinho. Ela não quis impor o que ela dizia. A Sandra, que é mãe de uma moça linda, a Camila, de 19 anos, e do Douglas, um rapagão de 17, foi a visita prática, que me ajudou com a amamentação, me contou o que ela fazia com os filhos e foi me acalmando...

Tivemos várias visitas que nos acalmaram, que nos fizeram muito bem. Outras que deixou a gente apreensivos. E, ainda, algumas que nos fizeram pensar que somos uns bostas como pais!!!

Essa adaptação dos pais com o recém-nascido; a criança entender que ela e a mãe não são a mesma pessoa; o casal entender que existe um ser a mais e que eles são responsáveis.. é tudo muito louco!

Nesse dia, eu e o Arthur contamos e havia oito pessoas em nossa sala. Nossa sala tem 3 ou 4m²! Tentei amamentar e não conseguia. Lembro que a Fran, meio que organizava a bagunça e a Ju tentava levar a galera embora.

O que aprendi com isso:

  • Visitem as parturientes no hospital, ou então depois de uns 15 dias. Ela não vai ficar chateada;
  • Não vá visitar a mãe e a criança esperando um banquete! Se ela não teve tempo nem de escovar os dentes, acha que deu tempo de fazer sobremesa?
  • Pelo amor de Deus! Se você está vendo que a mãe está com algum problema, como no meu caso, a amamentação, não piore as coisas contando histórias da vizinha-da-prima. Se não puder ajudar, não precisa terminar de ajudar a mãe a se jogar no precipício!
  • E, por fim, se a mãe e o pai forem doidos, como eu e o Arthur, não vão se importar se você pegar a criança. Mas, tem mãe que não gosta. Peça. Não custa. E, se os pais disserem "não", não leve pro lado pessoal. É instinto de proteção.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

A ida pra casa e a nova vida

No domingo 06/10 fomos para casa. Diferentes, com o novo membro da família nos acompanhando.

Eu e o Arthur, agora concretamente, tínhamos a nossa filha. Para pegar, cheirar, embalar, olhar, cuidar, enfim... demonstrar como a gente pode, o nosso amor.


Nesse dia, antes de sair do hospital, chamei a enfermeira e disse que meu seio estava doendo ao amamentar. Notei também o começo de uma fissura. Ela me disse "tem que calejar". Fui pra casa com essa informação, esperando o tal do calejamento do peito. Mas, não engoli essa resposta. Na minha cabeça eu já sabia que tinha algo errado, só que são tantos relatos, tantas histórias que você ouve, tanta pesquisa que eu fiz, que você fica no aguardo e na torcida para sua ser diferente.




Afinal, na minha cabeça, assim como me preparei para o parto, eu tinha certeza que seria uma "vaca leiteira" e que conseguiria amamentar facilmente, como aquelas negonas grandonas que eram mães de leite.

Mas, a coisa não foi bem assim...

Segunda e terça o Arthur ainda estava em casa de licença paternidade. Na terça, a Angelina teve sua primeira aventura: passear nas Lojas Americanas. Eu, ela, minha mãe e o Arthur, saímos para fazer várias coisas no centro das cidade, e assim foi. O Arthur e a minha mãe passaram no Hospital São Marcos para furar a orelha da Angelina. Dona Cida tirou o brinco da orelha para fazer a "arte". Eu não tive coragem de entrar e fiquei esperando no carro. A tarde passamos na casa da minha sogra e eu comentei com o Arthur a dor que estavam nos meus seios.

Ele, preocupado, queria que eu falasse com o médico, mas fiz diferente: mandei mensagem para a Bruna e para a Angelis. A Angelis tinha me presenteado durante a gravidez com um kit de bucha vegetal e sabonetes especiais para preparar o seio para amamentação. Ela que é mãe do Enrico (fofurinha-delicinha-gostosinho da tia!) e amamentou o pequeno até depois que voltou a trabalhar. Musa inspiradora, com certeza! A Bruna amamenta o Pedro (meu afilhado lindo, cheiroso e fofo) até hoje. Ele está com 1 ano e 8 meses. Meu orgulho! Ninguém melhor que elas para eu pedir socorro. A Bruna respondeu primeiro. Ela disse "se tem dor é por que tem algo errado. Vai no Banco de Leite do HU".

Falei com o marido e lá fomos. Não sabíamos que tinha que marcar horário. Para nossa sorte, uma mãe havia furado e as meninas nos atenderam. Enquanto o marido fazia a ficha, eu entrei pelo corredor, agarrada com a Angelina. Os seios latejavam. Eu só ouvia o barulho da minha rasteirinha batendo no piso liso.

Quando cheguei à sala do Banco de Leite, a Anita me recebeu com um grande sorriso. Expliquei a dor que estava sentindo. O Arthur chegou em seguida e pegou a neném. Me troquei e sentei de frente para a Anita, que começou a examinar o meu seio. No toque dela, a lágrima desceu. Como doía!!!

Ela foi me acalmando e ordenhando meu seio. Havia ingurgitamento. Eu estava produzindo mais leite do que a Angelina conseguia mamar. Conforme a Anita tirava, o leite espirrava para várias direções e a dor aliviava.

A orientação era abandonar a concha - por que como deixa o mamilo molhado e abafado, pode ser uma porta de entrada para fungos - e sempre que possível deixar o seio livre, tipo índia, para sarar a fissura.

No que ela colocou a Angelina no meu seio, doía, mas não tanto como antes. A Anita nos explicou como funcionava a coleta de leite para doação e nos deu um vidro para levar pra casa. Para vocês terem idéia, eu tirava 200 a 300ml de leite em 30 minutos, numa boa. Uma verdadeira vaca, eu disse!


quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Os 60 melhores dias da minha vida

Super clichê, certo?!
ERRADO!!!

Sei que todas as mães devem dizer algo do tipo. Mas, no meu caso, não se trata de uma figura de linguagem. Não é clichê. É a verdade. Foram 60 dias de aprendizado até agora. De muito amor compartilhado. De muito desespero, mas a alegria é bem maior!

Ontem, 04/12, nossa princesa completou 2 meses. Como passou rápido! Não consegui escrever nada, pois estava cuidando das perninhas, onde ela levou vacina. O choro de dor dela, doía no meu coração. Aquela lágrima nos cantos dos olhos, faziam os meus transbordarem também.

Angelina está com 5,200kg e 58cm. Está se desenvolvendo muito bem. Começa a dar risadinhas e fazer barulhos, como se quisesse falar!!! É uma gostosa rsrs

Feliz mesversário minha pequena. Cada dia que passa, amo mais te conhecer.


A primeira mamada

Depois desse parto louco que tivemos, recebemos MUITAS visitas. 18h30 na maternidade só tinha visita pra gente! Praticamente, interditamos a recepção rsrsrs

A Angelina veio mamar e a pega dela foi perfeita. Parecia que ela já fazia isso há séculos! Nesta primeira "mamadinha" foram 45 minutos alternando os seios.




Fiquei tão feliz!

Os dois dias que se seguiram na maternidade foram tranquilos. Alternando as ligações e visitas, na espera do teste do pézinho.

- Ouvido: OK
- Coração: OK
- Olho: OK
- Pézinho: OK

Graças a Deus!


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Pari =)

Parece que tudo ficou em slow motion! A neném sujinha vindo pra mim, o cordão parando de pulsar para o Arthur cortar, a alegria das enfermeiras, do médico, da pediatra que veio busca-la para limpar e pesar...




Aí veio outra contração. PQP! Mas, já não nasceu? O Dr. Edson que estava enrolando o cordão pra poder puxar a placenta, disse "faz força" e eu fiz, e a placenta nasceu.

Parece que Nossa Senhora passou a mão na minha cabeça. Toda a dor, toda a ansiedade, tudo, passou.

O Edson disse "fez uma laceração". Perguntei se precisava dar ponto. Ele: "Ah... é bom". A Karen trouxe o material e levei três pontinhos.

Meu irmão apareceu na porta com a minha mãe. Ele estava com os olhos vermelhos de chorar =)

O Arthur começou a ligar pra todo mundo. Passou igual um doido pelo corredor do hospital dizendo "Nasceu, nasceu!"




Levamos bronca da tia Olga por que não avisamos antes. Na verdade, optamos por não avisar ninguém, senão ia virar uma muvuqueira, sem necessidade no hospital. Imagina eu em trabalho de parto e o telefone sem dar sossego?!

16h20m, do dia 04/10/2013, na Maternidade Santa Rita, em Maringá - PR, veio ao mundo, a hora que ela quis, do jeito que ela quis, Angelina Nascimento Belai, com 3,355kg e 50cm. Me orgulha dizer que foram oito nascimentos ocorridos neste dia. Somente o dela, um PARTO NORMAL.






Relatar, contar, falar sobre o meu parto, me faz reviver esse momento maravilhoso, tudo de novo. Só foi possível, por que o parto começou na minha cabeça, anos antes de eu engravidar. Ouvindo a voz da experiência da minha mãe, que dizia que era a melhor coisa para a mulher e para o bebê. Acompanhando e conversando com pessoas loucas e sábias como a minha amigona, Gláucia Breda, que já trabalhou com parto domiciliar e é ativista - se me permite assim dizer, do parto normal.

Foi possível por que tive um médico que me deixou ser protagonista da minha gestação e do meu parto. Por ter acreditado em mim. Vou ser sempre grata ao Dr. Edson Rudey por isso.

Meu parto foi possível, por que tive ao meu lado, durante nove meses, alguém aguentando o meu discurso, minha defesa, meu choro, minha impaciência, minhas dores, minhas manhas, meus desejos, enfim, me suportando. Como eu sempre digo, o Arthur foi Deus quem me deu e, com certeza, ele foi fundamental no meu/nosso TP. Desculpa os arranhões, os tapas no braço e os apertões nos dedos. TE AMO PAXÃO!

Eu li, estudei, me preparei, fiz exercício em casa, subi e desci escada no trabalho, e digo até que bater perna na 25 de março com a minha mãe, um mês e meio antes, ajudou no PN. Hoje, quando conto para as pessoas como foi, normalmente ouço "Parabéns! Eu não acreditava que você conseguiria", ou então "Nossa, você é louca, corajosa, mas louca!"


quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Aí o bicho começou a pegar!

Era umas 16h e a contração vinha forte! Parecia que a pele estava descolando das minhas costas! O Dr. Edson foi se trocar. Trouxeram uma maca para dentro do quarto, para me levar ao Centro Cirúrgico. Me apoiei na beirada da cama e involuntariamente fiz força.

A partir desse ponto, foi tudo muito louco!

A Karen abaixou e viu a cabeça da Angelina. Nosso diálogo foi mais ou menos assim:

- Não faz força Priscila, sobe na cama, pra gente te transferir pra maca e te levarmos ao Centro Cirúrgico.
- Não tem como não fazer força!
- Sobe na cama!
- Não dá! Eu não quero, não consigo!
(O Arthur disse que eu tava me transformando em Gremlin)
- Não faz força!
(Alguém me colocou na cama. Nisso, o Edson entra no quarto)
- Vixe! Vai ser aqui mesmo, não dá tempo de ir pro Centro Cirúrgico. Traz as coisas.

Foi um vuco-vuco, enfermeiros entrando e saindo do quarto, um médico japonês ficou de sentinela na porta (um pouco antes ele também tinha assumido o plantão e veio me conhecer), as contrações em nível "fatality", marido com os olhos arregalados!

O que lembro dessa parte, é o Edson mandando o Arthur tirar foto, a Karen segurando a minha mão e a vontade de fazer força, enorme, que vinha. Ainda nisso, consegui raciocinar, pois a cama estava do lado da janela e tinha uma cortina. Se eu me segurasse na cortina, ia arrancar ela, com trilho e tudo, e ia cair na cabeça de todo mundo. Me segurei num vão de parede e fiz força. Como nunca tinha feito na vida!

Ouvi o som mais engraçado que poderia ter ouvido naquela hora. O estouro de um champagne. Isso mesmo. A Angelina nascendo, o barulho foi semelhante ao de uma rolha saindo de uma garrafa!




15h15. 8 cm. Yes!

Eu estava deitada após mais um cardiotoco. O Dr. Edson me diz que falta pouco. Ele propõe que rompêssemos a bolsa, assim "em 20, 30 minutos no máximo, ela nasce". Eu havia me levantado e ele completa "só que pra romper, tem que ser na próxima contração".

Puta falta de sacanagem...

Eu digo que beleza. A Karen traz os materiais, me deito de novo e... vem a contração. Respiro ufa, ufa, ufa e seguro na mão do Arthur. O médico rompe a bolsa com uma agulha que parece ser de tricô. Tinha uma comadre debaixo de mim, para onde escorreu o líquido da bolsa. Segundo o Edson, estava amarelinho, bonito, limpo.

Perguntei se eu podia levantar e andar. Ele disse que não tinha problemas.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Banho morno e bola de pilates

O tempo entre as contrações só diminuía. Resolvi ir pro chuveiro. A água morna batia nas minhas costas e era tão bom...

14h o Edson apareceu com uma bola de pilates. Lembro que sai do chuveiro, olhei pra ele e disse "E aí?" e ele respondeu "você que me diz". Falei pra ele e pro Arthur quantos pisos tinha no quarto. Eles dois contaram pra confirmar... Tive outra contração e me sacudi. Eles observavam.

A Karen comentou que normalmente as mulheres em TP, quando tem contração, em vez de andar, se movimentar como eu estava fazendo, elas se retraiam, o que atrapalhava bastante a dilatação.

O Edson falou pro Arthur encher a bola e me ensinou alguns exercícios de agachamento que eu poderia fazer na beirada da cama. Que elasticidade do doutor! Abaixou e levantou e não estralou nada! Orientou a Karen a fazer outro cardiotoco e saiu de novo.

Tomei banho de novo enquanto o marido enchia a bola. Fiz o cardiotoco. Suportar as contrações deitada era pior, bem pior. Doía muito mais e eu ainda tinha que apertar o diacho do botão.


Sentei na bola e ia rebolando, segurando a mão do Arthur. As contrações de 4 em 4 minutos. As costas pegavam fogo. Teve uma contração-bruta-filha-de-uma-mãe que eu olhei pra cara do marido e disse: "Não vou desistir!"
 
Ele jura que eu apertei tanto a mão dele, que a vontade que ele tinha era de me dar uns petelecos!
 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

2 copos de vitamina e um beijo na copeira

Esqueci de mencionar que o consultório do Edson é próximo da maternidade. Ele ia e vinha nos ver de hora em hora. Apareceu por volta das 12h30. Me avaliou e disse que eu estava com 6 para 7 cm de dilatação. Nada de bolsa romper. Chegou o almoço para o marido. Cheiro de fome!

Nesse meio tempo, havia se apresentado a enfermeira-chefe do plantão da tarde. A Karen. Uma menina super gente boa! Ela trabalhou com parto humanizado em Apucarana e estava achando o máximo nós querermos o PN.

O médico anuncia que vai almoçar. Questionei se todo mundo ia comer, menos eu. Aí o Edson liberou. Mais um ponto pra ele =)

Nisso, a Karen perguntou o que eu queria comer. Brinquei (mas, se colasse eu ia achar ótimo!) que queria um Big Mac, com coca e batata grandes, ou então um copo de café com leite. Ela então me disse para tomar algo gelado e teve a ideia de um suco. Massssssssssssssssss, a copeira fofa, trouxe algo melhor: 2 COPÕES DE VITAMINA!!!

Que delíciaaaaaaaaaaaaaaaa!!! Tão gostoso, tão geladinho, nossa! Não sei se era fome, mas tava tão bom aquilo! Dei um beijo na copeira. Foi um agradecimento sincero.

Mais um cardiotoco. Só que agora quem fazia era a Karen. A Edna já estava entregando o plantão.

Memória zero

Fomos para o novo quarto. 02, logo no início do corredor. A janela dá pra rua. De lá, podíamos cuidar do carro que estava estacionado lá fora.

Eu que sou tão organizada, que deixei minha mala pronta há mais de 15 dias, havia esquecido a carteirinha do pré-natal, meu último ultrassom, a carta da reumatologista (depois eu explico) e meu bloquinho de anotações. Meu bloquinho, gente! Que me acompanhou a todas as consultas! Que tem as perguntas que fiz e as respostas que o Dr. Edson me deu (que dá quase outro blog!!!). Aí, pedi para o marido ligar em casa e pedir para o meu irmão (aquele que está de férias) levar até o hospital.

Outra contração. Mais balanço. 10h. Dr. Edson vem me examinar. 5cm. Meu irmão chega com os documentos. Cardiotoco de novo. Lá vem a Edna! As contrações começam a ficar mais "tensas". Uma garoa fina caía lá fora.

Nesse meio tempo, recebo uma mensagem da Bruna, pedindo para eu montar o cardápio, que iria em cima das mesas, da festa de Bodas de Pérola dos pais dela. Ela está sem Corel Draw. Dou risada alto! Tive outra contração que me fez parar de rir e começar a balançar. Essa foi a primeira vez que apertei os braços do marido com a unha (desculpa Amor!).

Pedi para o marido mandar resposta, explicando que eu bem que queria ajudar, afinal estava programado na minha cabeça e agenda, estar presente na festa e "dançar até o chão" - tudo para contribuir com o TP, que eu pensava que ia demorar mais uma semana, pelo menos.

Também pedi para o marido avisar uma amigona que trabalha comigo, a Sirlei, que também estava grávida, contando os dias para a chegada da Gabriella. A Si se encarregaria de contar para a empresa, que estava parindo. Mandei uma mensagem pra minha estagiária amada, #partiumaternidade e demorou muuuuuuuuuito pra ela entender kaoakoakoa Filhota, você é hilária! E mandei pra Fran, pra avisar outras amigas malucas que tenho. Quase um evento gente!

Fomos andar de novo pelo hospital. Me lembro de ter vindo outra contração e eu abracei uma moça no corredor. Foi um abraço tão gostoso. Depois vi um crachá. Era funcionária. Falei pro marido "menos mal, afinal ela já deve ter visto cenas semelhantes". Assim, continuamos em Trabalho de Parto.

Andamos até o berçário. O marido da mãe do Heitor, olhou para o Arthur e disse: "Véio... para com o sofrimento da sua mulher, faz logo uma cesárea". O Arthur respondeu com um sorriso enquanto eu tinha outra contração: "É ela que quer, eu só apoio". LINDO!!!

sábado, 9 de novembro de 2013

Falando em caminhar...

Depois que o Edson me examinou e disse que era questão de horas para a neném nascer, providenciaram um quarto para me internar e o Arthur foi cuidar da papelada. Fui caminhando até o quarto, próximo do Centro Cirúrgico e do Berçário. No quarto tinha outra paciente internada, que havia ganho, por cesárea, o Heitor. Pequenino, nasceu prematuro e não estava mamando, o que causava desespero na mãe. A acompanhante (julguei ser a mãe da paciente) dizia palavras de consolo. Olhavam pra mim, com cara de espanto ao saber que eu buscava meu PN.

Tive outra contração e fui para o banheiro dançar, para evitar que ela ficasse mais ansiosa. Veio uma outra enfermeira medir minha pressão e temperatura. Essa enfermeira disse que iam providenciar um outro quarto pra mim, pra eu ficar sozinha, assim eu poderia ficar mais a vontade.

Resolvi andar pelo corredor da maternidade. De mãos dadas com o marido, fomos "passear". Uma senhora olhou pra mim e disse: "minha neta já nasceu e você ainda está assim. Eu vi a hora que você chegou"... Sabe aquele meu olhar? O Arthur disse que eu o lancei pra ela e fiz sinal de positivo. Na verdade eu queria mostrar outro dedo, mas mesmo em Trabalho de Parto (TP), a educação que mamãe deu ainda valia.

Continuamos andando. Quando veio outra contração, abracei o Arthur e balançamos juntos. FODA-SE que estávamos no corredor da maternidade e várias pessoas olhavam e balançavam a cabeça em sinal de reprovação.

Era 8h40 da manhã +/- e eu estava entrando na PARTOLÂNDIA =)

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Mêsversário =)


Um mês, 30 dias, 4 semanas, 720 horas ou sei lá quantos minutos

Dando uma pausa no relato do meu parto, que como diz a Raquel “está sendo em doses homeopáticas”, quero falar hoje do mêsversário da Angelina =)

Passou rápido! Foram dias intensos. Aprendi que agora não adianta eu cronometrar tudo, pois o relógio não bate. Aprendi que o nosso tempo é diferente. Que enquanto uma está descobrindo o mundo fora da barriga, a outra precisa desacelerar para poder apresentar esse mundo novo.


Entendi que chorar é um meio de comunicação muito eficaz! E que com os dias, a diferença da entonação do choro, é como a entonação da nossa voz quando falamos. Claro que tudo isso, eu havia lido, estudado, pesquisado. Mas, na prática é outra conversa.

Entendi que é preciso aprender a dormir e a mamar. Que problemas surgem com coisas tão simples e que te deixa aterrorizada! Que é preciso ouvir a voz da experiência que está por perto, mas que também é necessário seguir o instinto e, principalmente, o coração.

O parto, sinceramente agora eu vejo, foi a parte mais fácil!

Aprendi demais com você neste mês, meu pequeno anjo, minha Angelina. Feliz mesversário!!!

Quero aprender e entender muito mais!

Bjim da mamãe <3

Cardiotoco

Dr. Edson chegou uns 20 minutos depois. Cumprimentou o outro médico e me avaliou novamente. 3 para 4 cm! O negócio estava evoluindo rápido para nossa alegria!

Ele pediu para outra enfermeira colocar o cardiotoco em mim e escutamos os batimentos da Angelina. Eu tinha que apertar um botão a cada contração ou que eu sentisse a neném mexer. O tempo entre as contrações estava diminuindo. 7 em 7 minutos e duravam quase dois minutos. Sempre medidas pelo Arthur com o auxílio do programinha do celular.

Sentir a dor que era debaixo da barriga e um queimor que vinha das costas, e ainda, apertar um botão quando sentia isso, era informação demais pra mim! Mas, se tá na chuva, vamos se molhar.

Essa enfermeira que colocou o cardiotoco, era grandona, a Edna. super sarrista e gente boa. A cada contração ela dizia "tadinha, aguenta firme" e fazia uma piada, ou contava um causo pra me distrair. Durou 10 minutos o exame.

Eu e o Arthur fizemos amizade com ela e posso dizer que nos divertimos a cada uma hora, para fazer o cardiotoco. Os últimos exames, o marido mesmo já colocava e retirava o aparelho de mim. A Edna foi camarada, me deu mais uma camisola, que vesti ao contrário, com a abertura pra frente, assim, minha bunda não ficava exposta cada vez que eu caminhava pelo hospital.

domingo, 3 de novembro de 2013

Momentos que você quer dar uma porrada em alguém

PAUSA

Quem me conhece sabe que quando fico brava - o que não é raro - demonstro facilmente. Diz minha mãe que minha feição se transforma!

A enfermeira mandou eu me trocar e me deu uma daquelas camisolas aberta nas costas. Também mandou eu tirar a aliança e os brincos. Como demorei um pouco, pois nesse meio tempo tive outra contração, a enfermeira resolveu tirar os meus brincos e quase arrancou a minha orelha!!! Aí, quando ela viu que eu poderia furar os olhos dela, gentilmente (só que não), ela disse "você mesma quer tirar?", e eu retirei os brincos (que não atrapalhava em nada o meu PN, só pra constar).

PLAY

Como o Dr. Edson ainda não havia chego, o Dr. Velhinho-fofinho resolveu me examinar. A enfermeira nada fofa me ajudou a subir na maca e auscultou os batimentos da neném. Em seguida o médico fez o exame de toque: 3 cm de dilatação =)

Meus olhos brilharam e o Arthur sorriu com a minha felicidade.
Estava começando de verdade o meu trabalho de parto!

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

A partir das 5 horas...

A dor começou  a apertar. O dia começou a anunciar lá fora que estava começando. Chamei o Arthur.

- Paixão...
- Hum...
- Mor, acorda...
- Que foi nega?
- Acho que estou tendo contração.
- Você contou?

Na hora, respirei fundo por que veio outra contração... foi a sorte, por que a resposta mal criada já estava na ponta da língua.

Ele começou a contar as contrações, por meio de um aplicativo no celular (adoro tecnologia!). De 10 em 10 minutos, duravam 1m30s +/-.

Tomamos banho. Tive outras contrações. Me troquei. Outra. Assim seguiu até às 6h46, quando o marido pediu pra eu falar com o médico. Dr. Edson Rudey, sem sombras de dúvidas, é o melhor médico que eu conheci. Desde o início respeitou minha vontade pelo Parto Normal. Bem, como ele tem um bebê lindo, o Francisco, fiquei preocupada em ligar e acordar o baixinho. Mandei mensagem pro celular dele. Uns 15 minutos depois ele respondeu. Me mandou ir para o hospital para me avaliar.

Não dava simplesmente para sair de casa, como em cena de novela, todo mundo desesperado, fazendo respiração cachorrinho (que não ajuda em porr... nenhuma!). Moro no mesmo quintal que minha mãe. Meu irmão mais velho está de férias aqui. De manhã, temos que deixar minha sobrinha na escola. Minha mãe já estava lavando roupa, para a diarista passar, como numa outra sexta-feira qualquer.

Nesse contexto todo, pensamos rápido e o marido passou com as malas para o carro, meio escondido. Chamei a sobrinha para irmos. Avisamos a minha mãe e saímos. Durante o trajeto até a escola da Rafaela, tive duas contrações. Ela achou o máximo!!! Mal ela sabe como era a dor...

Chegando na Maternidade Santa Rita, por volta das 7h30, avisei a recepcionista que estava com contrações e quem era o meu médico. Ela avisou a enfermeira, que veio me buscar e me apresentou ao médico de plantão. Um senhor já de idade, bem simpático e que ficou doido pra fazer meu parto. Disse que no que eu precisasse, que se eu quisesse ele poderia fazer minha cesárea. Entre uma contração e outra, eu e o Arthur explicamos quem era o médico e que queríamos um PN. O velhinho nos olhou, não crendo muito na nossa vontade, mas disse pra eu ficar calma.

Notei que a mão dele tremia...


terça-feira, 29 de outubro de 2013

04 de outubro de 2013 - 2h

O relógio do celular marcava. Acordei com uma dor lascada nas costas. Eu tinha trocado de lado na cama, com o Arthur. Como fofo e bom marido que é, sempre me ajudou a levantar de madrugada para o xixi, principalmente, depois que a barriga ficou enorme. Era engraçado, eles esticava o braço ou a perna, sonolento e deixava firme, para eu me apoiar e conseguir levantar.

Mas, eu não o chamei. Fui virando com a dor e consegui me sentar na cama. Levantei e fui ao banheiro. A dor passou. Resolvi voltar para cama. Quando sentei e inclinei para deitar, a dor veio novamente. Tornei levantar e caminhei pela casa. 80m² podem ser muita coisa para se andar com dor. Como tive bastante dor no quadril e nas costas, no final da gestação, pensei que se tratava de mais uma crise. Por outro lado, na minha cabeça eu sabia que aquela dor era diferente e que eu não deveria tomar remédio para amenizar...

De vez em quando sentava na poltrona vermelha da sala (adoro vermelho!!!) e cochilava, mas logo era acordada pela dor. Aí eu voltava a andar pela casa. Minha cozinha tem 85 pisos... contei enquanto andava e esperava outra "cochada" de dor. Medi toda a minha casa em passos. Lembro que comentei com o marido depois, quantos eram, mas agora não me recordo para falar.

Assim, o tic-tac do relógio passava...

"O parto começa na sua cabeça"

É com essa frase da minha mãe, que começo o relato do meu parto.

Tenho uma amiga, que quando engravidou, estudou MUITO sobre tudo o que ocorria durante a gestação. Entrei na dela e ia estudando junto. Assim, como eu, ela é meio pirada e virou ativista do Parto Normal (PN), do Aleitamento Materno, do não uso da chupeta e por aí vai... muitas coisas dá pra conferir no blog dela (Nunca Troquei Fralda).

Muitas coisas que ela falava eu concordei e tomei para mim. Outras, abstraí, afinal, já tenho as minhas próprias neuras.

Minha mãe teve três filhos de PN e um de coração. Somos quatro. Só eu de mulher. Cresci ouvindo ela dizer que foi a melhor coisa que ela fez na vida, ter os três filhos de PN, sendo o primeiro, um Parto Domiciliar (PD) feito pela tia-parteira. Eu queria isso pra mim e fui atrás.

Ah sim! Antes que eu me esqueça: muitos me perguntaram por que não fiz um blog para falar da minha gestação. Tenho várias desculpas, mas a verdade, é que eu precisava parir um filho de cada vez.